terça-feira, 30 de agosto de 2016

Alimentos e microondas: Verdades e mitos

Reportagem: BBC Brasil Saúde

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Basta uma busca rápida na internet para encontrar sites e blogs que garantem que o uso do microondas faz mal à saúde e resulta na perda de vitaminas e nutrientes dos alimentos.
Mas essa ideia de que o microondas é pior do que outras formas de cozinhar não tem base científica, explica o programa da BBC Trust Me, I’m a Doctor (em tradução livre, Confie em mim, sou médico).

O microondas cozinha os alimentos usando ondas de energia semelhantes às de rádio, porém mais curtas. Seletivas, essas ondas afetam sobretudo a água e outras moléculas assimétricas eletricamente: carregadas positivamente em um extremo e negativamente no outro.
As microondas fazem com que essas moléculas vibrem e gerem calor, que rapidamente se estende às moléculas próximas para esquentar e cozinhar a comida.

Esse processo pode afetar as vitaminas e nutrientes dos alimentos, mas essas mudanças não são exclusivas do microondas, e sim resultado do processo de aquecimento. Quando se esquenta a comida, algumas vitaminas - como a C - se decompõem, explica a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em seu site sobre medicina e saúde. Mas isso acontece independentemente de se o alimento é esquentado em forno convencional, no fogão ou no microondas.

As proteínas também se “desnaturalizam” (ou seja, se decompõe e às vezes perdem suas propriedades) quando são esquentadas, por qualquer meio.
Mas como os tempos de preparo são mais curtos, cozinhar com microondas de fato ajuda a preservar a vitamina C e outros nutrientes.

Cozinhar com água
Resultado de imagem para cozinhar com águaOs nutrientes dos alimentos também se perdem quando a comida é cozida com água.
Diversos estudos científicos concluíram que ao ferver as verduras, boa parte de seus nutrientes se solta na água.
A vitamina C e muitas das vitaminas B, como a B6 e a B12, são mais vulneráveis porque são solúveis em água.

E normalmente essa água não é aproveitada, mas descartada – o que faz com que os nutrientes também se percam.
A perda de nutrientes durante a fervura é maior do que em outras técnicas, como o microondas, a fritura ou o vapor.

Então a melhor forma de reter as vitaminas e os nutrientes dos alimentos ao cozinhá-los é usar tempos curtos, que limitem a exposição ao calor, e um método de cozinhar que use menos líquido.
Um artigo publicado em 2009 no Journal of Food Science concluiu, por exemplo, que o microondas mantém melhor os níveis de antioxidantes de alimentos como feijão, aspargos e cebola do que a fervura, o cozimento na panela de pressão ou o forno.

Mas se o que mais te preocupa é manter o valor nutritivo dos alimentos, o melhor é cozinhar no vapor. Além disso, há outros passos que você pode fazer para conservar ao máximo o valor nutritivo dos alimentos.


Dicas úteis para impedir a perda de nutrientes ao cozinhar
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  • Descascar e cortar o alimento logo antes de preparar ou consumir.
  • Lavar de forma rápida antes de cozinhar.
  • Empregar formas de cozimento em que a água e o alimento entrem em contato o mínimo possível.
  • Esperar que a água ferva completamente para submergir o alimento, já que isso reduzirá o tempo de cozimento necessário.
  • Cozinhar hortaliças al dente e esfriá-las após cozinhar, para preservar suas vitaminas.
  • Aproveitar a água das verduras cozidas para fazer outros alimentos, como sopas
  • Evitar armazenar frutas e hortaliças por muito tempo na geladeira.
  • Acrescentar vinagre ou suco de limão, que contribuem para a conservação das vitaminas e absorção de alguns minerais, como o ferro.


FONTE(S): Fundação Espanhola de Dentistas e Nutricionistas e Associação para a Promoção do Consumo de Frutas e Hortaliças “5 al dia”, da Espanha; BBC BRASIL Saúde (http://www.bbc.com/portuguese/geral-37167981); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Pesquisadores da UFF e Fiocruz descobrem sustâncias capazes de combater a Leucemia

Sugestão da postagem: Acadêmica Naiara Wappler do curso de Bacharelado em Enfermagem - AJES, campus Juína-MT

Grupo formado por professores e alunos da UFF, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está pesquisando três moléculas capazes de combater a leucemia, o mais comum câncer do sangue.  Liderado pelos professores Fernando de Carvalho da Silva e Vitor Francisco Ferreira, do departamento de Química Orgânica, do Instituto de Química da UFF,  a equipe  vem trabalhando desde 2009 com as quinonas (substâncias orgânicas coloridas presentes na natureza) e buscando aprofundar o conhecimento de suas atividades biológicas, principalmente anticancerígenas.  O objetivo é investigar a atividade dessas moléculas frente a células leucêmicas.

Segundo Fernando Carvalho da Silva, o Grupo de Síntese Orgânica tem uma de suas linhas de pesquisa voltada para a busca de novos fármacos. 
“Nós sintetizamos moléculas de baixo peso molecular que tradicionalmente possuem funções responsáveis por determinadas atividades farmacológicas”. As naftoquinonas, por exemplo, têm propriedades microbicidas, tripanomicidas, viruscidas, antitumorais e inibidoras de sistemas celulares reparadores, processos nos quais atuam de diferentes formas.

Na maioria das vezes a sociedade não toma conhecimento do importante trabalho, a seu favor, que os pesquisadores e cientistas desempenham nas universidades e institutos de pesquisa", Fernando de Carvalho.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o trabalho contou também com parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que fomentou a bolsa dos alunos de pós-graduação envolvidos na pesquisa. Além dos benefícios que vem trazendo para a universidade, como a propriedade intelectual em si, explica Carvalho da Silva, o trabalho serve para mostrar a sociedade, “que é quem nos financia, que estamos trabalhando na direção de melhorar a qualidade de vida das pessoas na busca de novos fármacos”. No entanto, vale ressaltar que este trabalho é apenas um embrião de um trabalho ainda maior, cujo objetivo é a descoberta de um novo medicamento. Neste sentido, a UFF vem dando toda a infraestrutura necessária para que trabalhos como este sejam realizados.

A pesquisa, que pode ser lida na íntegra acessando o link do European Journal of Medicinal Chemistry - http://dx.doi.org/10.1016/j.ejmech.2014.07.079 - ainda não serve de base para nenhum tratamento utilizado atualmente, pois, segundo o professor, “precisa vencer muitas etapas para que se torne um medicamento para combater a leucemia”. Entretanto, estamos formando recursos humanos voltados para a pesquisa e mobilizando alunos da UFF na execução do trabalho.”

O trabalho faz parte da tese de doutorado da aluna Mariana Cardoso, do Programa de Pós-Graduação em Química da UFF, que reuniu também as alunas da UFF de iniciação científica, Illana da Silva e Isabela Santos. Participaram os professores Maria Cecília Bastos Vieira e David Rodrigues da Rocha, ambos do departamento de Química Orgânica, do Instituto de Química da UFF.

Fernando de Carvalho da Silva ressaltou ainda que a pesquisa científica e tecnológica é um dos pilares para soberania nacional de qualquer nação. Segundo o professor, o Grupo de Síntese Orgânica produz muitos resultados importantes, que muitas vezes ficam restritos aos especialistas e não saem dos relatórios técnico-científicos e dos artigos científicos gerados. “Na maioria das vezes a sociedade não toma conhecimento do importante trabalho, a seu favor, que os pesquisadores e cientistas desempenham nas universidades e institutos de pesquisa. É neste sentido que a imprensa, como fazem agora, precisa atuar mostrando à comunidade que estamos trabalhando e zelando pelo bem estar comum”, concluiu.

A doença
A leucemia é uma doença maligna originada na medula óssea, local onde as células do sangue são produzidas. Os glóbulos brancos (leucócitos) são as células atingidas, que passam a se reproduzir de forma descontrolada, ocasionando os sinais e sintomas da doença, que se divide nas categorias mielóide e linfóide, de acordo com a célula envolvida.









sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Exame de vista pode vir a detectar Parkinson

Reportagem: BBC Brasil Saúde


Resultado de imagem para exame de vistasPesquisadores de uma universidade britânica concluíram um estudo considerado animador por neurologistas: testes em ratos mostraram que um exame de vista simples pode vir a detectar a doença de Parkinson em um paciente antes mesmo de os primeiros sintomas se manifestarem.

Segundo a professora e pesquisadora-chefe do estudo Francesca Cordeiro, da University College London, roedores que ainda não tinham nenhum sintoma da doença passaram pelo exame e apresentaram alterações no fundo dos olhos.

Ela afirmou que o método é barato e não invasivo e que "é potencialmente uma descoberta revolucionária no que diz respeito a diagnósticos rápidos e tratamento no início de uma das doenças mais debilitantes do mundo".
"Com isso, talvez possamos intervir muito mais cedo e tratar de uma maneira mais eficiente pessoas com essa doença devastadora."
Atualmente, não há exames de imagem ou de sangue que concluam um diagnóstico de Parkinson.

'Passo significante'
Arthur Roach, diretor de pesquisa da ONG Parkison's UK, disse que há uma "necessidade urgente de um método simples e preciso para se detectar essa doença, principalmente nos primeiros estágios".

"Apesar de a pesquisa ainda estar em seu estágio inicial e precisar ser testada em pessoas com Parkinson, um testes simples e não invasivo, exatamente como um exame de vista, poderia ser um passo significativo no tratamento da doença."

Os pesquisadores disseram ainda que o método pode ser usado também para avaliar como os pacientes estão respondendo ao tratamento. O estudo foi divulgado na publicação Acta Neuropathologica Communications.

Os sintomas de Parkinson - que incluem tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e qualidade de vida prejudicada - geralmente surgem após as células cerebrais já terem sido danificadas.

FONTE(S): BBC BRASIL Saúde (http://www.bbc.com/portuguese/geral-36981933); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Fumar narguilé faz mal?

Por Redação Super
Texto Verena Ferreira


Faz, sim, apesar de muita gente achar que esse cachimbo de água bastante utilizado nos países do mundo árabe seria menos nocivo que o cigarro. A ideia que sustenta essa crença é que, supostamente, o líquido por onde passa a fumaça do narguilé filtraria as substâncias nocivas do tabaco, especialmente a nicotina.

Não é bem assim: de acordo com um relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2005, é verdade que a água filtra um pouco da nicotina. Mas a fumaça continua carregando uma dose da substância suficiente para viciar os apreciadores do narguilé. E os outros venenos da queima do fumo – monóxido de carbono e metais pesados, por exemplo – continuam intactos e podem fazer até mais mal. 
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Como uma sessão de narguilé dura de 20 minutos a uma hora, um fumante chega a engolir até 50 litros de fumaça, a mesma quantidade inalada ao se fumar 100 cigarros. Embora a OMS reconheça que ainda faltam mais estudos sobre o assunto, a entidade já afirma com segurança que quem usa o narguilé está sujeito às mesmas doenças de um fumante convencional: infarto, problemas pulmonares, cânceres e disfunção erétil. 

Os chamados fumantes passivos – aqueles que inalam “por tabela” a fumaça dos consumidores – também correm mais riscos. Isso porque a fumaça do narguilé carrega, além de nicotina e cia., algumas partículas que sobram da queima do carvão usado para aquecer o fumo. Nada disso, porém, tem afastado novos consumidores desse velho cachimbo.
Água do cachimbo não purifica as substâncias perigosas do tabaco:

1. No topo do narguilé fica o fornilho. É dentro dele que vai o fumo aromatizado. Sobre ele há uma folha de papel-alumínio furado (para deixar o ar entrar) e carvão em brasa.
2. Para fazer a fumaça “descer”, o fumante puxa o ar pela mangueira. O ar aspirado dá lugar a uma nova quantidade de ar vinda do fornilho: é a fumaça da queima do fumo.
3. A fumaça cria bolhas e atravessa a água, onde deixa parte das cinzas da queima e substâncias do tabaco. Do interior do vaso , ela segue pela mangueira até a piteira.

Saiba mais, assista a reportagem abaixo:



 FONTE(S): Revista SUPERINTERESSANTE (http://super.abril.com.br/historia/fumar-narguile-faz-mal); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Alergias: Mitos e Verdades


Alergias são um conjunto de condições médicas causadas pela hipersensibilidade do sistema imunitário* a substâncias que geralmente causam pouco ou nenhum problema na maioria das pessoas. Estas doenças incluem rinite alérgica, alergias alimentares, dermatite atópica, asma alérgica e anafilaxia.

Os sintomas mais comuns são olhos vermelhos, manchas que provocam comichão, fluxo nasal abundante, falta de ar ou inchaço. As intolerâncias e intoxicações alimentares são condições distintas das alergias.


O sistema imunológico humano (ou sistema imune, ou ainda imunitário) consiste numa rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex.: veneno de animais peçonhentos). 




Reportagem: Bia Souza
Do UOL, em São Paulo

Veja abaixo alguns mito e verdades sobre alergias

Ar-condicionado faz mal para alérgicos?
Mito. Se usado corretamente o ar condicionado não influencia nas alergias. Basta que ele seja limpo, esteja com a manutenção em dia e não fique em temperaturas muito abaixo do comum.

Todo antialérgico dá sono?
Mito. Só os anti-histamínicos clássicos de primeira geração, ou seja, os mais antigos. Os medicamentos mais modernos não causam sonolência e nem aumento de apetite.

Frio ou calor provocam alergia? 
Verdade. São formas de urticária em que a pele fica muito vermelha e coçando. Podem ser desencadeadas por radiação solar, contato com gelo ou temperaturas frias.

Algo que estamos acostumados pode dar alergia?
Verdade. Ninguém nasce alérgico. A predisposição genética ajuda, mas é o contato com alimentos, medicamentos, poeira, etc. que faz a alergia surgir. E isso pode acontecer a qualquer momento, dependendo do tempo de exposição.

Esmalte pode causar alergia nos olhos?
Verdade. Coçar os olhos ou tocar as pálpebras com as unhas pintadas pode causar reação alérgica. Isso também pode acontecer no pescoço ou em outras áreas da pele.

Alergia é incurável?
Parcialmente verdade. É possível dessensibilizar pessoas alérgicas a medicamentos, picada de insetos e alguns alimentos, por exemplo, mas esta possibilidade não existe para todos os tipos de alergia.

Produtos de limpeza podem causar alergia?
Verdade. São produtos químicos e podem provocar sensibilidade.

Testes detectam todas as alergias que você tem?
Mito. Os testes são formas de confirmar suspeitas de alergias já relatadas pelo paciente. Além disso, novos produtos surgem todos os dias e podem desencadear uma reação.

Adultos podem desenvolve alergias?
Verdade. Alergias podem aparecer em qualquer idade, embora sejam mais frequentes na infância e adolescência.

Crise alérgica pode levar à morte?
Verdade. Alergias a medicamentos, alimentos e a picada de insetos, como abelha e marimbondo, podem matar. Alergias respiratórias também são perigosos se não forem tratadas de forma correta.

Produtos de beleza podem causar alergia?
Verdade. Cosméticos podem provocar dermatite de contato. Para quem tem asma brônquica, os cheiros podem provocar crise de broncoespasmo.



Alergia pode ser psicológica?
Mito. O emocional não desencadeia alergias, mas pode fazer o paciente repetir sintomas de crises alérgicas já vividas anteriormente.

Alimentos podem causar alergia?
Verdade. As alergias alimentares mais comuns na infância envolvem ovo, leite, amendoim, frutos do mar e soja. Já entre os adultos, é mais frequente a presença de alergias a peixe, amendoim, frutos do mar e frutas secas.






FONTE(S): UOL Saúde e Notícias (http://noticias.uol.com.br/saude/listas/mitos-e-verdades-sobre-alergia.htm); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Os Custos do Sedentarismo

Reportagem: BBC Brasil Saúde


O sedentarismo custa à economia global US$ 67,5 bilhões (R$ 220 bilhões) todo os anos, mais do que o PIB do Paraguai. Desse total, US$ 58,8 bi são gastos anualmente em cuidados médicos decorrentes da inércia prolongada, além de US$ 13,7 bi que são perdidos todos os anos em produtividade.


As estimativas são parte de uma série de estudos publicada na revista científica Lancet, que revela ainda que a falta de atividades físicas mata todos os anos cerca de 5 milhões de pessoas ─ um número de mortes equivalente ao do tabagismo e maior do que o da obesidade.

A pesquisa chama atenção para os malefícios do sedentarismo e o perigo de morte associado a esse estilo de vida. Os cientistas ressaltam que passar mais de oito horas por dia trabalhando sentado aumenta as chances de morte prematura em 60%.

Mas o artigo da Lancet revela que exercitar-se durante uma hora por dia pode contrabalançar os efeitos nocivos de trabalhar sentado por longos períodos. Uma equipe formada por cientistas de diferentes países descobriu que o risco de morte era de 9,9% para quem permanecia sentado por 8 horas por dia e mantinha um estilo de vida sedentário. Já quem permanecia sentado pela metade do tempo (4h) e se mantiva ativo por 1 hora por dia, tinha o risco de morte reduzido para 6,8%.

Os pesquisadores também descobriram que o aumento do risco de morte associado a ficar oito horas sentado por dia foi completamente eliminado nas pessoas que fizeram pelo menos uma hora de exercício físico diariamente.

Eles acrescentam que, atualmente, o sedentarismo constitui uma ameaça tão grave à saúde pública quanto o tabagismo e já mata mais do que a obesidade.

Intervalo
Os cientistas recomendaram a quem passa muitas horas trabalhando sentado fazer um intervalo de cinco minutos a cada hora, além de se exercitar durante o almoço e à noite. Responsável pela pesquisa, o professor Ulf Ekelund, da Escola Norueguesa de Ciências do Esporte e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, disse que não é necessário "ir à academia" para compensar o prejuízo de trabalhar longas horas sentado.

"Você não precisa fazer um esporte. Você não precisa ir à academia. Você pode fazer uma simples caminhada, talvez durante a manhã, durante o horário do almoço, ou depois do jantar à noite. Você pode dividir isso durante o dia, mas precisa fazer pelo menos 1 hora de atividade física para obter os efeitos positivos".


O estudo analisou dados de 15 pesquisas anteriores, muitas das quais envolvendo pessoas cima de 45 anos dos Estados Unidos, da Europa Ocidental e da Austrália. Os autores descobriram que uma hora de exercício de "intensidade moderada", como caminhar a 5,6 km/h ou andar de bicicleta por prazer a 16 km/h, foi suficiente para contrabalançar os efeitos nocivos de permanecer sentado por longos períodos.

Ekelund disse ainda que um intervalo de cinco minutos a cada hora fechada, mesmo que seja ir buscar documento na impressora, poderia trazer benefícios à saúde do funcionário.

Mudanças
Os cientistas afirmaram que a combinação de passar muitas horas trabalhando sentado e ainda assistir à TV à noite sentado no sofá de casa vem se provando letal. 

Eles cobraram maiores mudanças nas políticas do governo, de modo a estimular hábitos saudáveis, como aumentar a distância entre os pontos de ônibus para forçar as pessoas a andar mais, fechar o acesso de ruas a veículos durante o fim de semana e abrir academias de ginástica gratuitas nos parques.

Segundo os pesquisadores, os empregadores também encorajar os funcionários a realizar atividades físicas, ao fornecer chuveiros e academias, além de estimular intervalos mais longos.



FONTE(S): BBC BRASIL Saúde (http://www.bbc.com/portuguese/geral-36915988); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

DOENÇAS E SINTOMAS: SÍNDROME DE BURNOUT



A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.

Sintomas
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.

Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.

O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho. Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.



Tratamento
O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.
Recomendações:

* Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a síndrome de burnout;

* Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;

* Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais.

FONTE(S): Site DRAUSIO VARELLA (http://drauziovarella.com.br/letras/b/sindrome-de-burnout/); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).