quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Curiosidades sobre as dores nas costas

Resultado de imagem para dor nas costasReportagem: BBC Brasil Saúde

A dor nas costas afeta todo o mundo e é um dos principais motivos de ausência no trabalho. Segundo a associação britânica de fisioterapeutas Chartered Society of Physiotherapy, há muitos mitos sobre o que provoca a dor nas costas e como lidar com ela. Esses mitos, por sua vez, geram medos infundados. 

Numa tentativa de combater a desinformação sobre o tema, a entidade está promovendo uma campanha de conscientização. Com base em estudos e literatura especializada, a iniciativa quer derrubar alguns mitos sobre a dor nas costas. 
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'Se me mexer, minha dor nas costas vai piorar'
No passado, acreditava-se que a cura para dor nas costas exigia repouso absoluto. No entanto, já foi comprovado que a imobilidade não resolve o problema. E retomar os movimentos assim que possível é melhor para a recuperação do paciente do que ficar na cama. Ainda assim, muitos temem girar ou dobrar as costas, por exemplo.
Esse medo é compreensível, já que, se você está com dor, fazer movimentos desse tipo pode ser extremamente desconfortável, dizem os fisioterapeutas. Mas é essencial continuar se mexendo, já que o movimento tem poder lubrificante. A dica, segundo os especialistas, é aumentar gradativamente as atividades e evitar longos períodos de imobilidade.

'Devo evitar fazer exercícios ─ especialmente treinamento com peso'
Entre especialistas, há um consenso de que a melhor forma de se tratar a dor lombar aguda e crônica é o exercício. Estudos sobre o assunto revelaram grandes benefícios e a segurança, a longo prazo, de vários tipos de exercícios, incluindo o treinamento com pesos.
Um dado curioso sobre esses estudos é que não foram encontradas evidências de que um tipo particular de exercício seja melhor ou pior no que diz respeito à dor nas costas. Portanto, aconselham os fisioterapeutas, simplesmente faça o que gosta de fazer ─ e o que consegue fazer. E vá aumentando aos poucos a quantidade de exercício à medida que sua tolerância, autoconfiança e habilidade melhoram.
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'Um exame de imagem vai mostrar exatamente o que está errado'
Um grande número de estudos concluiu que resultados de exames de imagem ─ como raios-X, por exemplo ─ não refletem adequadamente os sintomas de pessoas com dores lombares.
E para complicar ainda mais as coisas, as pesquisas também revelaram que a maioria dos exames feitos em pessoas que não sofrem de dor lombar apresenta alterações ─ alterações que não são acompanhadas de qualquer sintoma.

Os fisioterapeutas dizem, portanto, que o exame em si não é capaz de explicar com exatidão por que alguém está sentindo dor.
Isso não quer dizer que os exames de ressonância magnética sejam irrelevantes em todos os casos, mas quer dizer, sim, que eles não são sempre necessários ou úteis.
Na verdade, alguns estudos sugerem que, em alguns casos, o exame pode piorar a situação, influenciando negativamente o paciente, por exemplo.

'Dor é sinônimo de lesão'
A vivência da dor raramente é proporcional à severidade da lesão, explicam os especialistas. A dor é mais complexa do que isso.
O nível de dor reflete, na verdade, a percepção subjetiva de um indivíduo a respeito de quão ameaçado ele está.
Por exemplo, experiências vividas, a saúde em geral, crenças, níveis de sono, de exercício e de bem estar psicológico ─ tudo isso tem um papel importante em determinar quanta dor uma pessoa pode sentir.

FONTE(S):  BBC BRASIL Saúde (http://www.bbc.com/portuguese/geral-37341019); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Mitos e verdades sobre a prisão de ventre

Reportagem: Cintia Baio
Resultado de imagem para prisão de ventreColaboração para o UOL 05/08/2016

A prisão de ventre, também conhecida como intestino preso ou constipação intestinal, é caracterizada por menos de três evacuações por semana, pouco volume, muito esforço e fezes de calibre fino e endurecidas. Acontece quando há uma lentidão nos movimentos peristálticos do intestino, responsáveis por empurrar o bolo fecal do intestino grosso até o reto para ser eliminado. 

Cerca de 15% da população brasileira sofre com ela, especialmente as mulheres, por causa de alterações hormonais, gestações e menstruação.
Em 85% dos casos, ela é fruto de uma alimentação inadequada (rica em açúcar, farinha refinada e gordura e pobre em fibras) e da pouca ingestão de líquidos, principalmente água.

Uma boa hidratação aliada a exercícios físicos e uma alimentação equilibrada são as principais ferramentas para evitar a prisão de ventre.
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É preciso evacuar todos os dias?
Mito. Não existe uma regra, vai de cada organismo. Os especialistas, porém, consideram ideal é ir ao menos três vezes por semana. O normal é que seja sem esforços exagerados e por tempo prolongado, diz a proctologista Sonia Yusuf, do Hospital Santa Cruz (SP).

Intestino preguiçoso atrapalha?
Verdade. As fezes chegam ao intestino grosso com até 90% de água. A parede muscular do intestino faz movimentos (peristálticos) para absorver a água e compactar essa pasta. Em seguida, a massa é empurrada em direção ao reto, para ser eliminada. Quando os movimentos estão lentos, muita água é absorvida e as fezes ficam secas e endurecidas, levando à constipação.

Prisão de ventre é genética?
Mito. "Não existem estudos que indiquem que há ligação genética. Mas pessoas da mesma família, geralmente, têm costumes e hábitos alimentares parecidos, o que pode influenciar", explica o ginecologista Ricardo Luba.

Resultado de imagem para fibras alimentaresComer fibras ajuda?
Verdade. As fibras dissolvem-se na água tornado-se macias e pastosas, ajudam a compor o bolo fecal e retêm mais água. Sem elas, as fezes ficam duras e secas. Verduras, frutas, aveia, linhaça, chia, oleaginosas e alimentos ricos em gordura boa (como óleo de coco e abacate) ajudam. "Tente tomar 10 copos de água por dia e evite alimentos processados, empanados e fritos, fast food e comida cheia de açúcar e farinha refinada", receita a nutricionista Carolina Novaes.

Álcool e café pioram o quadro?
Verdade. Os líquidos adicionam água ao intestino e incrementam o bolo fecal, facilitando os movimentos peristálticos, responsáveis por conduzir as fezes até a saída. Mas bebidas alcoólicas e com cafeína têm efeito desidratante.

Imagem relacionadaFicar muito tempo sentado causa prisão de ventre?
Verdade. Sedentarismo, ansiedade, depressão, o hábito de adiar a ida ao banheiro e alguns medicamentos (como suplementos de ferro) também podem colaborar para a alteração ou piora do funcionamento do intestino.

Segurar a vontade prejudica?
Verdade. Ignorar a vontade de evacuar contribui para que o movimento do intestino fique mais lento. A ida ao banheiro deve ser estimulada também fora de casa. "Não ter o hábito prejudica o funcionamento do intestino. Com a correria, muitas pessoas simplesmente esquecem de ir ao banheiro", diz o coloproctologista Sergio Nahas.

Mulheres sofrem mais de constipação?
Verdade. As alterações hormonais decorrentes da menstruação e gravidez influenciam. O aumento da progesterona no período de ovulação (e um pouco antes dele) faz os movimentos do intestino diminuírem --durante a menstruação, com a queda da progesterona, o intestino costuma voltar a funcionar. "A retenção de água e a aversão de usar banheiro fora de casa também contribui para que mulheres tenham o intestino mais preguiçoso", explica Luba.
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É comum grávidas com intestino preso?
Verdade. Durante a gravidez, cerca de 40% das gestantes ficam constipadas por causa das alterações hormonais e pela compressão que o útero (agora aumentado) faz sobre o intestino grosso.



Prisão de ventre causa mau humor?
Parcialmente verdade. Pesquisa da Federação Brasileira de Gastroenterologia feita em 2012 com mais de 3.000 mulheres apontou que para 69% delas o mau funcionamento do intestino influenciava no humor. Para metade, a constipação causava cansaço e perda de concentração. Mas não existem estudos que comprovem a ação do intestino preso sobre o cérebro. "Quando o intestino funciona, a pessoa fica mais saudável e, consequentemente, mais disposta", diz Luba.

Usar laxante sempre ajuda?
Mito. Quando usados com frequência, eles fazem com que o intestino grosso fique dependente dos laxantes para fazer os movimentos peristálticos. Com o tempo, eles podem danificar as células nervosas da parede do intestino, interferindo na sua capacidade de contração.
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Idosos sofrem mais com intestino preso?
Verdade. Com o passar dos anos, há uma redução do metabolismo, impactando diretamente nas atividades do intestino grosso e no tônus muscular.

Fezes devem ser marrom?
Verdade. A cor marrom é provocada pela estercobilina, pigmento escuro formado na digestão da bile. Quanto mais tempo as fezes ficam "presas", mais escuro elas saem. Fezes cinzas podem indicar problemas no fígado, vermelhas podem sinalizar sangramento e verdes, infecções, por exemplo.

Maçã e goiaba prendem o intestino?
Parcialmente verdade. A casca da maça ajuda a soltar, enquanto a polpa tem efeito contrário. Por causa de seus fitoquímicos, a goiaba também ajuda a reduzir os movimentos do intestino.
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Ameixa e mamão ajudam a "soltar o intestino"?
Verdade. As receitas das avós ajudam o intestino a funcionar melhor. "A ameixa preta é uma fruta com altíssimo teor de fibras e possui ácido diidroxifenil isatina, que facilita a atividade intestinal", explica a nutricionista. Já o mamão tem grande quantidade da enzima papaína, que ajuda o organismo a digerir mais rápido, diminuindo o tempo de armazenamento do bolo fecal.


Viagens influenciam?
Verdade. Muitas pessoas não conseguem ir ao banheiro fora de casa ou ignoram a vontade de evacuar. Isso pode contribuir para que o movimento do intestino fique mais lento. A ida ao banheiro deve ser estimulada, inclusive, fora de casa. "Deixar de ter o hábito de ir ao banheiro prejudica o funcionamento do intestino, deixando-o ainda mais preguiçoso", diz Nahas.

FONTE(S):  UOL Saúde e Notícias (http://noticias.uol.com.br/saude/listas/quantos-dias-e-normal-ficar-sem-ir-ao-banheiro-entenda-a-prisao-de-ventre.htm); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

EUA Irão retirar de circulação a maioria dos sabonetes antibacterianos

Reportagem: BBC Brasil Saúde


Resultado de imagem para sabonetes bactericidasAs propagandas de sabonetes antibacterianos nos lembram insistentemente que o mundo está cheio de germes e há sujeira em cada canto, mas esses produtos podem fazer mais mal do que bem à saúde.

É a opinião do Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos. Por anunciarem propriedades antibacterianas, esses sabonetes recaem sob sua alçada.

O FDA determinou na sexta-feira que, em até um ano, não sejam mais vendidos sabonetes para banho e corpo que contenham algum dos 19 ingredientes vetados pelo órgão, como os agentes químicos triclosan e triclocarban, presentes na maioria destes sabonetes.

"Os consumidores podem acreditar que eles são mais eficientes para evitar a proliferação de germes, mas não temos evidência científica disso", disse Janel Woodcock, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos do FDA. Algumas marcas já começaram a retirar os ingredientes de seus produtos, dizem as autoridades americanas.

Por sua vez, o Instituto Americano da Limpeza, que representa os interesses dos fabricantes, garantiu que o "FDA já tem em mãos informações que provam a eficácia e a segurança dos sabonetes antibacterianos".

O FDA destacou que a proibição se refere a produtos usados e enxaguados com água e não atinge o gel antisséptico, lenços umedecidos e outros produtos antibacterianos usados por serviços de saúde.
Em 2013, autoridades dos Estados Unidos pediram que fabricantes demonstrassem com pesquisas, inclusive com estudos clínicos, que estes produtos são mais eficazes do que os sabonetes comuns no combate à propagação de doenças e redução de infecções.

As empresas não provaram isso, diz o FDA, ou o que lhe foi entregue foi considerado insuficiente para garantir a segurança e a eficácia dos produtos.

Outros perigos
Resultado de imagem para super bactériasO pedido também se baseou em pesquisas que sugeriam que a exposição prolongada aos ingredientes em questão poderia levar a riscos à saúde, como o aumento da resistência bacteriana ou alterações hormonais.

As autoridades de saúde reforçam que lavar-se com água e sabão continua a ser uma das medidas mais importantes para evitar doenças e a proliferação de germes. Caso não haja água e sabão disponível e se opte por gel antisséptico, o FDA recomenda que seja um produto à base de álcool, com uma concentração de ao menos 70%.

Agora, os fabricantes terão um ano para retirar os sabonetes antibacterianos do mercado ou mudar sua fórmula.


FONTE(S):  BBC BRASIL Saúde (http://www.bbc.com/portuguese/geral-37268920); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).