quarta-feira, 25 de março de 2020
terça-feira, 24 de março de 2020
Compreendendo o sistema Imunológico
O sistema imunológico ou ainda sistema imune é um sistema de estruturas e processos biológicos que protegem o nosso organismo contra doenças. De modo a funcionar corretamente, o sistema imunitário deve detectar uma imensa variedade de agentes, desde os vírus aos parasitas, e distingui-los do tecido saudável do próprio corpo.
Imunidade é o nome que damos à capacidade do organismo de se defender de invasores, no caso vírus, bactérias ou fungos que possam causar doenças. Quando ela está baixa, ficamos muito mais propensos a ter pequenas e grandes infecções e quadros como gripes.
Formado por uma série das células de defesa e reações químicas, o sistema imune têm como objetivo lutar contra os agressores e proteger nosso corpo de infecções. Através da imunidade adquirida, o organismo cria memória imunológica na sequência de uma resposta inicial a um agente específico, o que lhe permite responder de forma mais eficaz a novos ataques pelo mesmo agente. O processo de imunidade adquirida é a base da vacinação.
Além dos nossos glóbulos brancos, este complexo sistema é composto por vários nutrientes como vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema. Os glóbulos brancos, também conhecidos como leucócitos, são um grupo de células diferenciadas a partir de células-tronco, oriundas da medula óssea e presentes no sangue, linfa, órgãos linfoides e vários tecidos conjuntivos. Os leucócitos são células nucleadas, o que os diferencia dos glóbulos vermelhos (hemácia ou eritrócito) e plaquetas (trombócitos), que também são diferenciados a partir das células tronco já citadas e, junto com os leucócitos, integram os chamados elementos figurados do sangue. Um adulto normal possui entre 3.800 e 9.800 mil leucócitos por microlitro (milímetro cúbico) de sangue.
Os leucócitos fazem parte do sistema imunitário do organismo. Têm por função o combate e a eliminação de microrganismos e estruturas químicas estranhas ao organismo por meio de sua captura ou da produção de anticorpos, sejam eles patogênicos ou não. Os leucócitos compreendem um grande grupo de células que se apresenta numa grande variedade de formas, tamanhos, número e funções específicas.
E se alimentando bem e atingindo a recomendação diária de consumo de frutas e vegetais, você já garante uma defesa melhor para o seu organismo. Veremos agora alguns alimentos do nosso dia a dia que auxiliam um bom funcionamento deste sistema.
Laranja, limão e acerola, por exemplo, possuem alto teor de vitamina C, um potente antioxidante que ajuda a diminuir o dano celular, sendo benéfico para o sistema imunológico. No entanto, para obter esses benefícios, é necessário consumir a vitamina sempre —e não apenas quando já se está doente. Como a vitamina C "se perde" quando exposta a luz e o calor, é importante que a fruta seja consumida imediatamente após aberta, para não reduzir muito seu valor nutricional.
Alimentos como brócolis, couve, espinafre são ricos em ácido fólico. O nutriente auxilia na formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo, e também pode ser encontrado no feijão, cogumelos (como o shimeji e o shiitake) e a carne de fígado.
Carne, cereais integrais, castanhas, sementes e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico), são ricos em zinco, nutriente que combate resfriados, gripes e outras doenças do sistema imunológico.
A castanha-do-Pará é fonte importante de selênio, um mineral antioxidante que neutraliza a ação de radicais livres, espécie de lixo produzido pelas células. Também é rica em vitamina E, outro antioxidante que previne o dano em membranas celulares. Apenas não exagere. O alimento é calórico e o excesso de selênio pode provocar intoxicação. Os nutricionistas recomendam comer uma castanha por dia.
Rico em licopeno, o tomate é forte aliado para combater doenças cardiovasculares, removendo radicais livres do organismo. Esses compostos aceleram o envelhecimento celular e deixam o corpo mais propício a desenvolver doenças.
A pimenta é fonte de betacaroneto, substância que se transforma em vitamina A, nutriente que protege o organismo de infecções.
O alho, além de trazer um sabor delicioso para os mais diversos pratos, reduz e ajuda a diluir o muco nos pulmões, sendo eficaz contra tosse persistente e bronquite. Inclusive, o alho pode ser consumido junto a antibióticos. Por ser rico em vitamina A, C e E, alho é um forte aliado para reforçar o sistema imunológico.
A cebola é rica em substâncias anti-inflamatórias, antivirais, antiparasitárias, antibacterianas e antifúngicas, como a alicina, que ainda reduz o risco de alguns tipos de câncer, como o de boca, laringe, esôfago, cólon, mamas, ovário e rins. Por isso, é um ótimo remédio para afastar gripes, resfriados e infecções em geral.
O gérmen de trigo acumula vitaminas A, E e K em grandes quantidades, que possuem excelente poder antioxidante, previnem o envelhecimento das células e contribuem para o aumento da imunidade, além de ajudar a regular o sistema digestório, estimular o apetite e tonificar a pele, mantendo-a saudável. Ele também é responsável pela boa coagulação sanguínea e contribui para o fortalecimento dos ossos. O gérmen de trigo pode ser consumido em molhos, iogurtes, frutas e outros alimentos como complemento alimentar.
A boa hidratação do corpo é fundamental para manter a imunidade em alta. O organismo humano é composto em sua maior parte por água. Ela é essencial para que todas as reações bioquímicas ocorram perfeitamente nas células em especial quando ficamos doentes. Ingerir uma quantidade média de água, que varia de 1,5 litro a 2 litros por dia para pessoas normais, ou até mais, caso não se tenha restrições, é sempre bom para a saúde.
Um cardápio saudável e a prática regular de atividade físicas ajuda bastante a aumentar a imunidade e manter o organismo forte, mas é preciso ficar atento a algumas atitudes que podem minar esse sistema de defesa. Entre os principais fatores que provocam uma queda na imunidade estão o estresse, o sedentarismo ou o excesso de atividade física e a má alimentação. Isso porque a falta de algumas vitaminas e minerais prejudica o bom funcionamento das células.
FONTES, textos modificados de: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/15/quer-melhorar-imunidade-veja-o-que-fazer-e-o-que-e-bom-evitar.htm; https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio; https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/10833-18-alimentos-para-aumentar-a-imunidade-de-forma-natural; https://pt.wikipedia.org/wiki/Leuc%C3%B3cito; Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
quinta-feira, 19 de março de 2020
Animais que não vemos todos os dias
Texto modificado de: HIPERCULTURA
Para quem está acostumado a conviver com cachorros e gatos, alguns animais desta lista podem ser considerados feios de doer. Seja como for, essas esses bichos estranhos despertam a nossa curiosidade, seja pela sua raridade, seja por traços físicos pouco convencionais. O importante, não custa lembrar, é sempre respeitá-los e cuidar para que as ações humanas não ponham em risco a sua existência.
- Nome científico: Atretochoana eiselti
- Onde habita: bacia do rio Madeira, entre o estado brasileiro do Pará e a Bolívia
Esse tipo de cobra-cega foi descoberto em 2011 durante as obras da hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira. Trata-se, segundo cientistas, do maior anfíbio sem pulmões já conhecido, podendo chegar a mais de 80 cm. Como ela respira? Através da pele.
Saiga
Essa espécie de antílope de focinho bem curioso, que já contou com milhões de indivíduos espalhados pela região da Eurásia, hoje corre sério risco de extinção devido à caça desenfreada (seu chifre é valioso). Estima-se que hoje tenham restado apenas 50 mil exemplares.
Macaco-narigudo
- Nome científico: Nasalis larvatus
- Onde habita: florestas tropicais do Bornéu, ilha localizada no Oceano Índico
Não fosse o narigão, certamente esse macaco de bela pelagem não estaria nesta lista. Mas o fato é que não dá para ignorar esse detalhe no mínimo curioso. Só os machos desenvolvem o tal narigão, responsável pela amplificação do som que eles emitem para atrair as fêmeas na época do acasalamento.
Rato-toupeira-pelado
Está para nascer um animal mais esquisito que o rato-toupeira-pelado, que passa a maior parte de sua vida debaixo da terra. Cientistas descobriram que essa espécie de roedor suporta níveis baixíssimos de oxigênio liberando frutose na corrente sanguínea.
Pichiciego-menor
O pichiciego-menor é a menor espécie de tatu do mundo, variando entre 84 e 117 mm sem a cauda. Chama a atenção sua bela carapaça cor-de-rosa. Durante o dia, permanece escondido em sua toca, de onde só sai à noite para caçar formigas e insetos.
Toupeira-nariz-de-estrela
- Nome científico: Condylura cristata
- Onde habita: pântanos e regiões úmidas do Leste da América do Norte
Essa toupeira esquisita costuma ter uns 20 cm e se alimenta preferencialmente de insetos e invertebrados pequenos, podendo cavar túneis e nadar com desenvoltura. Sua feiura tem uma função: esses 22 tentáculos carnudos do focinho servem como receptores sensoriais super potentes que podem identificar uma presa em meio segundo!
Ocapi
Uma mistura de cavalo, zebra e girafa: eis o ocapi, um dos animais mais curiosos do mundo! Apesar de ter o porte de um cavalo, com 2,5 m de comprimento e altura até o ombro de 1,5 m, ele pertence à mesma família das girafas (Giraffidae). Para se alimentar, os ocapis fazem uso de sua língua longa e preta, com a qual arrancam folhas de árvores e arbustos. Tal como as girafas.
Aie-Aie
- Nome científico: Daubentonia madagascarienses
- Onde habita: florestas tropicais e manguezais de Madagascar
Esse parente do lêmure pode chegar no máximo a 44 cm, sem contar a cauda. Tem hábitos noturnos, permanecendo grande parte do dia dormindo nas copas das árvores. Diz a lenda que esses seres são malignos e usam suas unhas longas para perfurar o coração das pessoas enquanto elas dormem. Mas a verdade é que esses pequenos primatas são inofensivos e se alimentam preferencialmente de larvas, frutas e nozes.
Peixe-morcego-de-boca-vermelha
Quem quiser ver esse peixe de aspecto curioso tem de ir mergulhar próximo às ilhas Galápagos. Mas deve olhar lá para baixo, já que esse peixinho vive nos recifes ou no solo areno do fundo do mar, não passando muito dos 100 m de profundidade.
Tenreque-raiado-das-planícies
- Nome científico: Hemicentetes semispinosus
- Onde habita: florestas tropicais no Leste da ilha de Madagascar
Definitivamente, Madagascar é uma ilha repleta de animais curiosos. O pequeno tenreque é apenas mais um na lista, e talvez o menor de todos. Esses animais têm em média 14 cm e pesam de 80 a 150 g. Os espinhos, destacáveis, são instrumento de defesa. E uma característica curiosa é a sua capacidade de emitir sons agudos (estridulação) por meio da fricção de seus espinhos com o objetivo de se comunicar com outros de sua espécie.
Tubarão-duende
Encontrar um bicho desse no mar deve ser uma experiência aterrorizante. É capaz da pessoa morrer de susto antes de ser atacada. Mas pode ficar tranquilo: esses animais são bastante raros. Além disso, vivem em profundidades superiores a 1.000 metros. Chama a atenção sua mandíbula protuberante que, por ser ligada ao crânio apenas por cartilagem, se projeta no momento do bote.
Porco-do-mar
Como outros equinodermos, os porcos-do-mar (que ganhou esse nome devido ao seu formato) são animais marinhos e invertebrados. Medem entre 3 e 10 cm e vivem em zonas abissais dos oceanos (3 ou 4 mil metros). Essas "perninhas" são apêndices que servem justamente para a sua locomoção no fundo do mar.
Caranguejo-Yeti
Já ouviu falar do Yeti, o Abominável Homem das Neves? Pois saiba que no fundo do mar vive uma espécie de crustáceo que leva esse nome. Mas a semelhança fica só por conta dos pelos. Esse caranguejo peludo pode ser encontrado a mais de 2 mil metros de profundidade, vivendo na mais completa escuridão.
Dragão-azul
Esse tipo de lesma-marinha é super pequena, chegando a medir apenas 4 cm. Apesar disso, esse animal pode ser mais perigoso para os humanos que muitos bichos gigantescos. Isso porque o dragão-azul se alimenta de cnidários venenosos (como a caravela), armazenando seu veneno. Por isso, tocá-lo pode ser uma experiência bastante arriscada.
Tartaruga-focinho-de-porco
- Nome científico: Carettochelys insculpta
- Onde habita: rios e lagos do Norte da Austrália e do Sul da Nova Guiné
Essa espécie curiosa de tartaruga têm um corpo grande, podendo chegar a meio metro de comprimento na fase adulta e pesar mais de 20 kg. Seu nariz, cujo formato assemelha-se ao focinho do porco, possui receptores sensoriais que são muito úteis para localizar presas em águas turvas.
Peixe-gota
O peixe-gota, também conhecido como peixe-bolha, tem um aspecto curiosíssimo e até meio nojento. Sua boca curvada dá a impressão de que está sempre aborrecido com alguma coisa. Ele é um peixe de águas profundas, podendo suportar enormes pressões. Foi eleito em 2013 pela Ugly Animals Preservation Society como o peixe mais feio do mundo.
FONTE: HIPERCULTURA (https://www.hipercultura.com/animais-mais-estranhos-curiosos-do-mundo).
sexta-feira, 13 de março de 2020
Curiosidades sobre o melhor amigo do homem
O cão (nome científico: Canis lupus familiaris), no Brasil também chamado de cachorro, é um mamífero carnívoro da família dos canídeos, subespécie do lobo, e talvez o mais antigo animal domesticado pelo ser humano. Teorias postulam que surgiu do lobo cinzento no continente asiático há mais de 100 000 anos. Ao longo dos séculos, através da domesticação, o ser humano realizou uma seleção artificial dos cães por suas aptidões, características físicas ou tipos de comportamentos.
O resultado foi uma grande diversidade de raças caninas, as quais variam em pelagem e tamanho dentro de suas próprias raças, atualmente classificadas em diferentes grupos ou categorias. As designações vira-lata (no Brasil) ou rafeiro (em Portugal) são dadas aos cães sem raça definida ou mestiços descendentes.
As origens do cão doméstico baseiam-se em suposições, por se tratar de ocorrências de milhares de anos, cujos crescentes estudos mudam em ambiente e datação dos fósseis. Uma das teorias aponta para um início anterior ao processo de domesticação, apresentando a separação de lobo e cão há cerca de 135 000 anos, sob a luz dos encontrados restos de canídeos com uma morfologia próxima à do lobo cinzento, misturados com ossadas humanas.
Com expectativa de vida que varia entre dez e vinte anos, o cão é um animal social que, na maioria das vezes, aceita o seu dono como o "chefe da matilha" e possui várias características que o tornam de grande utilidade para o homem.
Infelizmente a expectativa de vida dos cães costuma variar entre 10 e 13 anos, o que é muito pouco se compararmos com os números destinados aos humanos (em torno de 75 anos no Brasil).
Assim como os humanos, os cães podem desenvolver depressão e ansiedade. Os sintomas também são bem parecidos, com perda de apetite, desânimo para brincar, autoisolamento e a perda do interesse por suas atividades favoritas. Um problema muito comum é a ansiedade da separação: o cachorro acaba apresentando mau comportamento, destruindo as coisas ou fazendo xixi em locais impróprios, por exemplo.
Os cães possuem um olfato muito desenvolvido, com até 300 milhões de receptores de cheiros. Assim, sua capacidade é, em média, 44 vezes mais apurada que a de um humano. Esse é um dos motivos pelos quais o animal sabe que você está chegando mesmo estando ainda distante.
Os cachorros são sensíveis a sinais emocionais, podem responder a lágrimas e buscar confortar o dono quando esse parece triste. Estudos recentes indicam que a capacidade de reconhecimento que o animal possui é semelhante a de um bebê de seis meses a dois anos de idade.
Eles entendem cerca de 165 palavras faladas e com treinamento é provável que consigam compreender ainda mais. Mas os cães também utilizam o tom da voz de quem se comunica para entender melhor as informações e, assim, percebem se você está estressado, com raiva ou se divertindo.
Eles entendem cerca de 165 palavras faladas e com treinamento é provável que consigam compreender ainda mais. Mas os cães também utilizam o tom da voz de quem se comunica para entender melhor as informações e, assim, percebem se você está estressado, com raiva ou se divertindo.
Quando você dá atenção para outro animal ou pessoa, os cães podem demonstrar ciúmes por meio da mudança de comportamento ou fazendo algo que não deveriam.
Um cachorro pode ser um excelente remédio para quem sofre de depressão, também pode evitar o surgimento de doenças coronárias, amenizar a hipertensão e a obesidade, entre vários outros benefícios. E sim, eles fazem tudo isso e não exigem nada em troca, afinal, o que eles mais querem é ver seus donos felizes e saudáveis. Não é à toa que eles são considerados nossos melhores amigos. Saiba mais: https://blogcuriosidadesbiologia.blogspot.com/2018/03/caes-e-saude-humana.html
FONTES, textos modificados de: https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A3o; https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113444-descubra-7-curiosidades-sobre-o-incrivel-cerebro-dos-caes.htm; https://canaldopet.ig.com.br/curiosidades/racas/2017-02-06/racas-de-cachorro-vivem-tempo.html; Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
quinta-feira, 12 de março de 2020
Organização Mundial da Saúde declara pandemia do novo coronavírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (11/03) que está em curso uma pandemia do novo coronavírus.
Uma pandemia (do grego παν [pan = tudo/ todo(s)] + δήμος [demos = povo]), de acordo com as definições vigentes, é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada numa grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o Planeta Terra.
"Pandemia não é uma palavra para ser usada à toa ou sem cuidado. É uma palavra que, se usada incorretamente, pode causar um medo irracional ou uma noção injustificada de que a luta terminou, o que leva a sofrimento e mortes desnecessários", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
A Gripe Espanhola (1918-1919) foi uma pandemia do vírus Influenza que se espalhou por quase toda parte do mundo. Foi causada por uma virulência incomum e frequentemente mortal de uma estirpe do vírus Influenza A do subtipo H1N1. Vitimando entre 50 e 100 milhões de pessoas pelo mundo (ou até 5% da população mundial na época), foi a pandemia mais letal já registrada na história da humanidade.
O novo coronavírus apresenta um grande potencial de transmissão, mas parece ser menos letal do que aqueles por trás de outras duas epidemias nas últimas duas décadas. A OMS estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa da covid-19, a doença causada por este vírus. Este índice foi recentemente revisado para cima pela organização, que antes apontava uma taxa de letalidade de cerca de 2%.
Ainda assim, é uma proporção bem menor do que a registrada nos surtos de coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) e da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), em que 10% e 35% dos pacientes morreram, respectivamente.
De acordo com o site da Johns Hopkins University, que apresenta dados em tempo real, atualmente o COVID-19 já infectou 127.863 pessoas pelo mundo causando 4.718 mortes, sendo 3.056 destas na China (números observados dia 12 de março as 09:00 horas). Para maiores detalhes acesse o site: https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6
Covid-19 x Gripe
Como a gripe está por aí há muitos anos (e é bem conhecida pelos cientistas), sabe-se que sua taxa de mortalidade fica em torno de 0,1% – o número varia um pouco todo ano dependendo dos diferentes vírus presentes naquele ano. Apesar da porcentagem baixa, o valor em números brutos surpreende: só nos Estados Unidos, 56 mil pessoas morrem todos os anos por conta da doença.
Já os dados da Covid-19 ainda são preliminares, mas a doença é claramente mais perigosa que a gripe. A taxa de mortalidade geral é estimada em 3,4% por enquanto, variando muito em diferentes faixas etárias – em idosos acima de 80 anos, por exemplo, a mortalidade chega a quase 15%; entre jovens com idade entre 10 e 39 anos, só 0,2% morrem. Mas há um porém: a mortalidade da Covid-19 pode estar sendo superestimada se considerarmos que há casos assintomáticos da doença, que não entram na conta se não forem identificados.
Em relação à transmissão, a gripe também parece ser menos potente que a Covid-19. Para chegar a essa conclusão, é preciso analisar um número conhecido como “número básico de reprodução”, ou apenas R0.
Essa medida mostra a quantidade de outras pessoas que um único indivíduo doente consegue infectar. A gripe tem um R0 estimado de 1,2 – ou seja, cada pessoa pode passar a doença para até 1,2 outras pessoas, em média. O R0 da Covid-19 ainda não está certo, mas as estimativas variam entre 2,2 e 4. Bem mais transmissível que a gripe.
Apesar disso, a gripe está por aí mais tempo, por isso têm mais casos confirmados do que a nova doença. Ambos os vírus se transmitem por gotículas de fluídos como saliva, mas a gripe parece ser mais eficiente em entrar no organismo pelo ar. Até agora, a Covid-19 parece se transmitir mais pelo contato (ou seja, encostar em uma pessoa ou objeto infectado e depois levar a mão à boca ou ao nariz).
FONTES, textos modificados de: https://super.abril.com.br/saude/como-o-novo-coronavirus-se-compara-ao-virus-da-gripe/; https://www.bbc.com/portuguese/geral-51363153; https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe_espanhola_de_1918; https://pt.wikipedia.org/wiki/Pandemia; Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
terça-feira, 10 de março de 2020
Por que mulheres vivem mais?
Texto modificado de: BBC News Mundo
De acordo com um estudo publicado pela revista científica Biology Letters, ter duas cópias do mesmo cromossomo está associada a uma vida útil mais longa, sugerindo que a segunda cópia ofereceria um tipo de efeito protetor.
Todas as células contêm cromossomos que carregam longos fragmentos de DNA. Na maioria das espécies, os machos têm um cromossomo sexual menor que as fêmeas: os machos têm um cromossomo X e um cromossomo Y, enquanto as fêmeas têm dois X.
"O sexo com o menor cromossomo realmente tende a morrer antes, em uma ampla gama de espécies", explica Zoe Xirocostas, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade de New South Wales, na Austrália.
Os resultados do estudo mostraram que pessoas com dois cromossomos do mesmo sexo vivem em média 17,6% a mais do que aquelas com dois cromossomos diferentes ou com apenas um.
Segundo os pesquisadores, essas descobertas representam "uma etapa crucial na descoberta dos mecanismos subjacentes que afetam a longevidade" e podem abrir o caminho para encontrar "maneiras de prolongar a vida".
A equipe comparou dados sobre cromossomos sexuais e expectativa de vida em 229 espécies de animais, incluindo mamíferos, pássaros, peixes e até insetos. As espécies hermafroditas e aquelas cujo sexo é influenciado por condições ambientais, como a tartaruga verde (Chelonia mydas), não foram levadas em consideração.
Segundo dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em abril do ano passado, as mulheres vivem pelo menos 1,4 anos a mais que os homens, embora existam regiões em que essa diferença supere 3 anos. Em alguns países da América Latina, essa diferença é ainda maior.
No México, por exemplo, a expectativa de vida de um homem ao nascer é de 74 anos, enquanto as mulheres podem viver 79,2. No Brasil, a diferença se repete. Segundo o IBGE, a expectativa de vida das mulheres é de 79,9 anos — já a dos homens é de 72,8 anos.
Os números também apontam que as pessoas de países de baixa renda vivem 18 anos a menos, em média, do que aquelas que residem em países mais ricos. Por exemplo, de acordo com dados da OMS, na Austrália não apenas se vive mais, mas a diferença entre homens e mulheres é menor. Os australianos têm uma expectativa de vida de 81 anos, enquanto as mulheres do país geralmente vivem até 84,8.
A pesquisadora ressalta que as diferenças genéticas são uma causa parcial da discrepância na expectativa de vida entre homens e mulheres, pois os homens também tendem a práticas que diminuem sua vida útil, como fumar mais e procurar atendimento médico com menos frequência do que as mulheres.
Steven Austad, especialista em envelhecimento da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, que não participou do estudo, classificou-o como promissor.
"Ele desempenha um papel na compreensão das diferenças sexuais quando se fala em longevidade", disse Austad ao jornal britânico The Guardian.
No entanto, o especialista considera importante ressaltar, assim como o autor do estudo, que a expectativa de vida não depende apenas dos cromossomos sexuais. "Há uma tendência geral, mas com inúmeras exceções", conclui.
FONTE(S): BBC News Mundo (https://www.bbc.com/portuguese/geral-51810308); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
sexta-feira, 6 de março de 2020
Escravidão ficou marcada no DNA
De Vera Cruz (RS) para a BBC News Brasil
Durante mais de três séculos, entre 1503 a 1870, nove milhões de pessoas foram arrancadas de suas casas e aldeias em diversos locais no continente africano e transportadas contra a vontade para as Américas para trabalharem como escravas nas lavouras e cidades do Novo Mundo.
Um estudo internacional, liderado por pesquisadores do Brasil, revelou a influência da escravidão na genética das populações do continente americano.
Em geral, as pessoas escravizadas levadas para a América tiveram origem predominantemente em países como Nigéria e Gana, no centro-oeste do continente. Em direção ao norte do Novo Mundo, no Caribe e América do Norte, aumentou o tráfico de pessoas de países como Senegal e Gambia, mais a oeste. E para o sul do Brasil vieram povos bantu do sul e leste da África.
Para responder à segunda pergunta — se a miscigenação biológica acompanhou a dinâmica da chegada dos escravos — os cientistas compararam os dados genéticos das populações com informações de fontes históricas sobre o número de embarques e desembarques da África nas Américas durante a diáspora.
"Essa comparação revelou que o período crítico entre 1750 e 1850, quando houve picos na chegada de escravos, foi acompanhado de uma intensificação da miscigenação em todo o continente americano", explica Santos.
Além de possibilitar que se entenda melhor a ancestralidade dos povos americanos, os resultados têm relevância médica, diz Santos, pois significam que os componentes genéticos responsáveis por doenças estão mais homogeneamente distribuídos entre os diferentes povos daqui.
Santos explica que a aplicação dos avanços da medicina genômica e de precisão para as diferentes populações só será possível se for compreendido como estão distribuídas as variações do DNA no mundo.
Hoje, sabemos bastante sobre os europeus e as doenças genéticas presentes nos genomas herdados da Europa, e muito pouco sobre outros povos, como os da África.
"Por isso, nós concebemos nosso estudo pensando mais na componente africana das populações das Américas", conta. "Nosso trabalho contribui para compreender melhor a diversidade genética africana e como estão distribuídas as variantes vindas de lá nas Américas. Os diversos povos não-europeus no mundo poderão se beneficiar da medicina genômica unicamente se conhecermos como são do ponto de vista genético."
FONTE(S): BBC Ciência (https://www.bbc.com/portuguese/geral-51726163).
terça-feira, 3 de março de 2020
Animal multicelular sobrevive sem metabolizas oxigênio
Texto modificado de: BBC News Brasil
De acordo com um estudo publicado esta semana na revista científica americana PNAS, o Henneguya salminicola vive nos tecidos do salmão e evoluiu de tal maneira que não precisa mais de oxigênio para produzir energia em seu metabolismo.
"Nossa descoberta mostra que a respiração aeróbica, uma das vias metabólicas mais importantes, não é onipresente entre os animais", afirma uma pesquisa liderada pela Universidade de Tel Aviv.
Até agora, acreditava-se que todas as plantas e animais usavam oxigênio para gerar um combustível chamado trifosfato de adenosina (ATP), que aciona os processos celulares e ocorre nas estruturas celulares chamadas mitocôndrias.
No entanto, o estudo mostrou que esse pequeno animal perdeu suas mitocôndrias em algum momento e não baseia sua produção de energia em nenhuma das formas conhecidas até hoje entre os organismos multicelulares.
O Henneguya salminicola é um parasita minúsculo de apenas 10 células que infecta o salmão e causa cistos na musculatura esquelética do peixe. Segundo o Departamento de Pesca dos Estados Unidos, ele é comumente encontrado no Alasca e causa uma condição chamada "doença da tapioca" ou "doença da carne com leite".
Mas, embora se parecessem com outros organismos semelhantes, os cientistas não conseguiam encontrar uma estrutura mitocondrial na salminicola, algo impensável até agora em organismos multicelulares.
"Nossa descoberta confirma que a adaptação a um ambiente anaeróbico não é exclusiva dos eucariotos unicelulares, mas também evoluiu para um animal parasitário multicelular", diz o estudo.
Uma das teses é que a salminicola perdeu suas mitocôndrias como mecanismo evolutivo, pois, vivendo no interior do salmão, se desenvolve em um ambiente carente de oxigênio.
Os cientistas especulam que, por outro lado, o parasita poderia de alguma forma absorver a energia do salmão, embora ainda não se saiba como.Os primeiros organismos do nosso planeta começaram a desenvolver a capacidade de metabolizar o oxigênio — ou seja, respirar — há mais de 1,4 bilhão de anos.
FONTE(S): BBC Ciência (https://www.bbc.com/portuguese/geral-51650999); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
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