segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Dicas para cuidar de problemas gastrointestinais

Reportagem: Hospital Samaritano de São Paulo



Veja algumas dicas para reduzir os desconfortos causados pelos problemas gastrointestinais.

Você dedica mais de 10 horas por dia ao trabalho? Alimenta-se rápido e come fast food ou outros tipos de comidas gordurosas com frequência? Vive correndo contra o tempo e está sempre se sentindo irritado ou pressionado? Suas noites de sono não são mais as mesmas e raramente você acorda descansado?
Se você respondeu “sim” para mais de duas perguntas, provavelmente também sofre com frequência algum tipo de dor no estômago e desconforto intestinal.

Por isso, veja quatro dicas para reduzir as manifestações desses problemas gastrointestinais e desfrutar de uma vida mais saudável.

– Valorize o horário das refeições


Estamos correndo o tempo todo contra o relógio para conseguir dar conta de todos os compromissos ao longo do dia e isso, provavelmente, não vai mudar. Mas, se há um momento que deve ser valorizado, é o das refeições. Na hora do almoço ou do jantar, pare o que está fazendo e procure comer devagar, mastigando bem os alimentos. É importante também optar por uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes.




– Controle seu estado emocional

Algumas situações nos tiram do sério e acabamos somatizando as emoções, o que prejudica nossa própria saúde. “O estresse aumenta o estímulo de produção do ácido clorídrico pelo estômago. A associação da ingestão de fast food com longos períodos em jejum é a fórmula exata para quadros de gastrite, úlcera gástrica ou úlcera duodenal”, explica o Dr. André Ibrahim David, coordenador do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo.


– Priorize as horas de sono



O problema que não foi resolvido durante o dia provavelmente não terá uma resposta ao longo da madrugada. Por isso, condicione-se a investir seu tempo em horas de descanso para que seu corpo e mente possam se recuperar. Com o sono em dia, o sistema imunológico fica mais resistente, dificultando o surgimento de doenças.




– Mexa-se!

A prática de exercícios físicos é uma excelente opção para cuidar da saúde do organismo e aliviar o estresse. Converse com seu médico e avalie o tipo de atividade mais indicada para o seu caso e comece a se mexer!



FONTE(S): Hospital Samaritano de São Paulo (http://www.samaritano.org.br/4-dicas-para-cuidar-de-problemas-gastrointestinais-gastro/);  Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Envelhecimento da população precisa ser priorizado nas políticas públicas

Reportagem:  José Tadeu Arantes - Agência FAPESP
Sugestão: Prof. Me. Lindomar Mineiro

“O Brasil precisa reconhecer que é um país em rápido processo de envelhecimento e fazer disso uma prioridade, tanto na definição de políticas públicas quanto na alocação de recursos”: a afirmação é de Maria Lúcia Lebrão, professora titular sênior da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Lebrão coordena o “Estudo Sabe – Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento”, pesquisa longitudinal de múltiplas coortes sobre as condições de vida e saúde dos idosos do município de São Paulo. Esse estudo multicêntrico teve início no ano 2000, quando, por iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foram pesquisadas pessoas de 60 anos ou mais de sete grandes cidades da América Latina e do Caribe, entre elas São Paulo. 

“Em 2000, visitamos quase 6 mil domicílios e entrevistamos 2.143 pessoas (coorte A). Em 2006, voltamos às casas das pessoas visitadas anteriormente e conseguimos entrevistar 1.115 (coorte A); além disso, entrevistamos um novo contingente de 60 a 64 anos (coorte B). Em 2010, voltamos às casas das pessoas visitadas em 2006, tanto da coorte A quanto da coorte B, e introduzimos mais um novo grupo de 60 a 64 anos (coorte C). Vamos seguir o mesmo procedimento nesta quarta rodada. O Sabe é, portanto, um estudo longitudinal, que vem acompanhando um mesmo contingente de idosos ao longo do tempo, e também um estudo de múltiplas coortes, pois, a cada reedição, agrega um novo contingente ao anterior”, explicou a pesquisadora à Agência FAPESP.
Esse duplo caráter possibilitou que o estudo mapeasse tanto as mudanças vividas pelos indivíduos ao longo de seu processo de envelhecimento quanto as transformações pelas quais vem passando a sociedade e que se refletem nas novas características das pessoas que alcançam a sexta década de vida.

“A coorte A é formada por idosos mais tradicionais. Nela predominam pessoas com baixa escolaridade (50% estudaram apenas três anos ou menos), muitas provenientes da zona rural (70% dedicaram-se a trabalhos predominantemente físicos) e dotadas de hábitos muitos diferentes dos atuais (para os quais fumar e beber eram considerados coisas normais e a atividade física se restringia àquela incorporada ao trabalho). Hoje, a situação é completamente diferente”, disse Lebrão à Agência FAPESP.

Segundo a pesquisadora, a nova geração de idosos está mais preocupada com a promoção da saúde. Tenta não fumar, tenta beber menos, tenta praticar exercícios físicos, tenta dirigir por mais tempo. “Acima de tudo, são pessoas com um nível de escolaridade mais alto”, afirmou.

A essas características positivas contrapõem-se os enormes desafios que o envelhecimento da população apresenta para a sociedade brasileira. O percentual de idosos no país cresceu de 4,1%, em 1940, para 10,8%, em 2010, e deverá chegar a 12,0%, em 2020.


“Nossa transição demográfica ocorreu em três grandes etapas. Do século XIX até 1940, tivemos altas taxas de natalidade e também altas taxas de mortalidade, que resultaram em uma população aproximadamente estável, com grande proporção de jovens. De meados da década de 1940 até o final da década de 1960, mantiveram-se altas as taxas de natalidade enquanto caiu a taxa de mortalidade, o que levou a um aumento populacional e a um aumento também do contingente jovem. A terceira tendência, iniciada ainda em meados dos anos 1960, combinou a redução da taxa de natalidade com a redução da taxa de mortalidade, provocando a rápida queda do crescimento populacional e o aumento percentual dos contingentes de adultos jovens e idosos”, informou Lebrão.


Taxa de fecundidade


A taxa de fecundidade brasileira caiu de 5,8 filhos por casal em 1970 para 1,8 filho por casal em 2010 – número que não é suficiente para a reposição populacional. “Mantida a tendência de queda, alcançaremos um pico populacional de 218 milhões de pessoas em 2035, após o que a população brasileira começará a diminuir”, prognosticou a pesquisadora. O Brasil acompanha assim a tendência mundial, puxada pelos países desenvolvidos, que fará com que a faixa da população do planeta com mais 65 anos supere em número a faixa da população com menos de 5 anos antes de 2020.

Em termos globais, esse envelhecimento da população levou a uma transição epidemiológica, com as doenças infecciosas, antes prevalentes, sendo suplantadas pelas doenças crônicas não transmissíveis. Porém o Brasil, assim como outros países da América Latina e Caribe, não teve uma transição epidemiológica tão linear quanto a observada nos países desenvolvidos. “Nossa transição epidemiológica caracteriza-se por um vaivém. Se já temos muitos idosos com doenças crônicas não transmissíveis, ainda temos também uma alta incidência de doenças infecciosas (dengue, febre amarela, malária etc.). Pensamos, por exemplo, que a febre amarela havia sido erradicada, e, de repente, constatamos o seu ressurgimento. Esse vaivém exige que os recursos do sistema de saúde sejam divididos para o enfrentamento de uma dupla carga de doenças”, pontuou Lebrão.

Outro aspecto, ainda mais importante em termos de impacto sobre o sistema de saúde, é que, enquanto a curva de mortalidade se desloca para idades cada vez maiores, a curva de morbidade se mantém praticamente inalterada. Ou seja, as pessoas passaram a viver mais, porém continuam a ficar doentes com a mesma idade em que ficavam antes. E o intervalo entre as duas linhas tende a aumentar cada vez mais, trazendo grande impacto sobre o sistema de saúde.

“Se a esperança de vida ao nascer passou de 52,6 anos, em 1970, para 73,4 anos, em 2010, as pessoas continuaram a ficar diabéticas ou cardíacas a partir da quinta década de vida. E isso já está gerando um enorme aumento da demanda dos serviços de saúde”, exemplificou a pesquisadora. “O que temos que fazer é promover saúde, para que as pessoas não fiquem doentes tão cedo.”


Curva da incapacidade

O intervalo cada vez maior entre a curva da mortalidade e a curva da morbidade faz aumentar também a curva da incapacidade. Cresce a sobrevida da pessoa doente, mas não são evitadas as intercorrências incapacitantes da doença, o que, além de comprometer a qualidade de vida, constitui outro gravíssimo problema econômico e social. “Os serviços públicos não estão de forma alguma capacitados para responder a essa nova realidade. A pessoa doente ou incapacitada passa a depender da família e há cada vez menos familiares para arcar com essa responsabilidade. A família extensa foi substituída pela família nuclear. Se, em 1970, para cada idoso tínhamos oito jovens, em 2020, teremos apenas dois”, enfatizou Lebrão.

No rol das enfermidades, segundo a pesquisadora, o grande fantasma é constituído pelas várias modalidades de demência, das quais a doença de Alzheimer constitui um dos diagnósticos, mas não o único. “Acompanhando as mesmas pessoas (coorte A) ao longo do processo de envelhecimento, constatamos que o comprometimento cognitivo passou de 13,2%, em 2000, para 14,3%, em 2006, e 18,7%, em 2010”, disse.

Para o conjunto dos entrevistados de 2010 (coortes A, B e C), por ordem de prevalência, as principais enfermidades crônicas relatadas foram hipertensão (66,7%), doenças articulares (31,8%), diabetes (25,0%) e problemas cardíacos (22,9%).

“É importante ressaltar que, muitas vezes, as enfermidades não são diagnosticadas, nem mesmo reconhecidas como tal. Isso acontece principalmente em relação às doenças articulares. Existe o mito de que ter dor nas articulações é uma coisa normal após uma certa idade. ‘É coisa de velho’, costuma ser dito, como se esses transtornos constituíssem uma fatalidade. Isso de forma alguma é verdadeiro. As doenças articulares podem ser evitadas, e também tratadas”, sublinhou Lebrão.

Também muitas vezes não são reconhecidos os quadros de depressão. “Trata-se de um levantamento mais difícil, porque a depressão não é uma condição fixa. A pessoa pode estar deprimida e, no dia da entrevista, se apresentar bem disposta. Ou ter sua condição depressiva mascarada pela medicação. Por isso, adotamos no Sabe duas formas de avaliação: por meio do teste GDS (Geriatric Depression Scale) e perguntando se alguma vez um médico ou enfermeiro disse ao entrevistado que ele tinha depressão. Entre os entrevistados de 2010, cerca de 17% responderam afirmativamente a essa pergunta – percentual que foi ainda mais elevado entre as mulheres”, relatou a pesquisadora.

A depressão está, muitas vezes, associada à solidão. O Sabe mostrou que cerca de 16,5% dos habitantes com 60 anos e mais do município de São Paulo moram sozinhos – as mulheres muito mais do que os homens. E que esse percentual sobe para 25%, uma em cada quatro pessoas, na faixa dos 80 anos ou mais. “É urgente a criação de redes de apoio, com serviços integrados. A pessoa pode continuar vivendo sozinha. Mas ela deve poder contar com suporte rápido no caso de alguma intercorrência e com suporte prolongado no dia a dia. Isso já existe nos países desenvolvidos. Por que não pode ser implantado também aqui?”, concluiu Lebrão.




FONTE(S): Agência FAPESP http://agencia.fapesp.br/envelhecimento_da_populacao_precisa_ser_priorizado_nas_politicas_publicas/22167/). Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Entenda o que é encefalopatia traumática crônica

Reportagem: Hospital Samaritano de São Paulo
SUGESTÃO: Prof. Me. Wladimir Rodrigues Faustino.


NEU
A encefalopatia traumática crônica é uma doença cerebral degenerativa que afeta principalmente pessoas com histórico de lesões constantes, mesmo que leves, na cabeça. A doença provoca o acúmulo de uma determinada proteína que causa o processo degenerativo no cérebro.


Conhecida há mais de cem anos, a doença era chamada de demência pugilistica, pois havia sido detectada apenas em lutadores. “No ano de 2002, nos Estados Unidos, foi descrito o primeiro caso da doença em um jogador da liga de Futebol Americano, então, a partir desse caso, passou a se chamar encefalopatia traumática crônica”, ressalta o coordenador do Núcleo de Neurologia do Hospital Samaritano, Dr. Renato Anghinah.


Entre os sintomas da doença estão a demência ou declínio na capacidade mental, problemas de memória, parkinsonismo ou tremores e falta de coordenação motora.


No vídeo abaixo, o Dr. Renato Anghinah, coordenador do Núcleo de Neurologia do Hospital Samaritano, fala sobre a doença degenerativa que pode atingir praticantes de esportes que sofrem impactos constantes na cabeça. 


FONTE(S): Hospital Samaritano de São Paulo (http://www.samaritano.org.br/); Hospital Samaritano (https://www.youtube.com/channel/UCPU9R4M0Fruz-E2Vo9KEmAQ); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Doenças Sexualmente Transmissíveis

O que são DSTs?

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de preservativos com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. As mais conhecidas são gonorreia e sífilis.

Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte.

Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal)  é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da aids, o HIV. Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a gravidez, o parto. E, no caso da aids, também na amamentação.


O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças. O atendimento e ao tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.


Dúvidas Frequentes


- As chances de se contrair uma DST através do sexo oral são menores do que sexo com penetração?
O fato é que nenhuma das relações sexuais sem proteção é isenta de risco - algumas DST têm maior risco que outras. A transmissão da doença depende da integridade das mucosas das cavidades oral ou vaginal. Independente da forma praticada, o sexo deve ser feito sempre com camisinha.

- Toda ferida ou corrimento genital é uma DST?
Não necessariamente. Além das doenças sexualmente transmissíveis, existem outras causas para úlceras ou corrimentos genitais. Entretanto, a única forma de saber o diagnóstico correto é procurar um serviço de saúde.

- É possível estar com uma DST e não apresentar sintomas?
Sim. Muitas pessoas podem se infectar com alguma DST e não ter reações do organismo durante semanas, até anos. Dessa forma, a única maneira de se prevenir efetivamente é usar a camisinha em todas as relações sexuais e procurar regularmente o serviço de saúde para realizar os exames de rotina. Caso haja alguma exposição de risco (por exemplo, relação sem camisinha), é preciso procurar um profissional de saúde para receber o atendimento adequado.

- Onde se deve ir para fazer o tratamento de outras DST que não a aids?
Deve-se procurar qualquer serviço de saúde disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

- Que período de tempo é necessário esperar para se fazer a identificação de um possível caso de sífilis?
Os primeiros sintomas da sífilis são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas, que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mas, mesmo sem sintomas, a doença pode ser diagnosticada por meio de um exame de sangue.

- Quais as providências a serem tomadas em caso de suspeita de infecção por alguma Doença Sexualmente Transmissível?
Na presença de qualquer sinal ou sintoma de possível DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.


Sintomas das DST

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são muitas e podem ser causadas por diferentes agentes. Apesar disso, elas podem ter sintomas parecidos. Veja, abaixo, os principais sintomas das doenças mais comuns.

Sintomas: Corrimento pelo colo do útero e/ou vagina (branco, cinza ou amarelado), pode causar coceira, dor ao urinar e/ou dor durante a relação sexual, cheiro ruim na região.
DST prováveis: Tricomoníase, gonorreia, clamídia.

Sintomas: Corrimento pelo canal de onde sai a urina, que pode ser amarelo purulento ou mais claro - às vezes, com cheiro ruim, além de poder apresentar coceira e sintomas urinários, como dor ao urinar e vontade de urinar constante.
DST prováveis: Gonorreia, clamídia, tricomoníase, micoplasma, ureoplasma.

Sintomas: Presença de feridas na região genital (pode ser uma ou várias), dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não de “íngua” na virilha.
DST prováveis: Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose, linfogranuloma venéreo.

Sintomas: Dor na parte baixa da barriga (conhecido como baixo ventre ou "pé da barriga") e durante a relação sexual.
DST prováveis: Gonorreia, clamídia, infecção por outras bactérias.

Sintomas: Verrugas genitais ou “crista de galo” (uma ou várias), que são pequenas no início e podem crescer rapidamente e se parecer como uma couve-flor.
DST prováveis: Infecção pelo papilomavírus humano (HPV).


Por que alertar o(s) parceiro(s)

O controle das doenças sexualmente transmissíveis (DST) não se dá somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas doenças e evitar a reinfecção, é fundamental que os parceiros sejam testados e tratados com orientações de um profissional de saúde.


Os parceiros devem ser alertados sempre que uma DST é diagnosticada. É importante repassar a eles informações sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde e a importância de evitar contato sexual até que o parceiro seja tratado e orientado.


Por que usar a camisinha (preservativo)?

A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo. Além disso, evita uma gravidez não planejada. Por isso, use camisinha sempre.

Mas o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.

Só é preciso seguir o modo correto de uso do preservativo, as instruções se encontram nos postos de saúde e nas embalagens dos mesmos. Mas atenção: nunca use duas camisinhas ao mesmo tempo, pois ela pode se romper ou estourar.


Os preservativos são seguros?

Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos esticaram e ampliaram 2 mil vezes o látex do preservativo masculino (utilizando-se de microscópio eletrônico) e não foi encontrado nenhum poro. Em outro estudo, foram examinadas as 40 marcas de camisinha mais utilizadas em todo o mundo. A borracha foi ampliada 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e nenhum exemplar apresentou poros.


Em 1992, cientistas usaram microesferas semelhantes ao HIV em concentração 100 vezes maior que a quantidade encontrada no sêmen. Os resultados demonstraram que, mesmo nos casos em que a resistência dos preservativos mostrou-se menor, os vazamentos foram inferiores a 0,01% do volume total. Ou seja, mesmo nas piores condições, os preservativos oferecem 10 mil vezes mais proteção contra o vírus da aids do que a sua não utilização.

O preservativo masculino é distribuído gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar, ligue para o Disque Saúde (136).


Cuidados com a higiene

Além de usar camisinha em todas as relações sexuais, não compartilhar seringas e outros objetos que furam ou cortam e fazer acompanhamento durante a gravidez, alguns cuidados com a higiene são importantes para se evitar a infecção de alguns tipos de hepatites virais (A e E) e outras doenças sexualmente transmissíveis:


- Lavar as mãos antes e após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
- Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus;
- Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos e frutos do mar;
- Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
- Orientar creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas para a adoção de medidas rigorosas de higiene, tal como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
- Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o lençol de água que alimenta o poço. Deve-se respeitar, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre o poço e a fossa do tipo seca e de 45 metros, para os demais focos de contaminação, como chiqueiros, estábulos, valões de esgoto, galerias de infiltração e outros;
-Exigir material esterilizado ou descartável nos consultórios médicos, odontológicos e de acupuntura;
- Exigir material esterilizado ou descartável nas barbearias e nos salões de manicure/pedicure. O ideal é que cada pessoa tenha o seu kit de manicure/pedicure, composto de: tesourinha, alicate, cortador de unha, lixa de unha, lixa de pé, empurrador/espátula, palito, escovinha e toalha;
- Exigir material esterilizado ou descartável nos locais de realização de tatuagens e colocação de piercings;
- Não compartilhar escovas de dente, lâminas de barbear ou de depilar;
- Não compartilhar agulhas ou seringas, em outras situações;
- Não compartilhas lençóis, toalhas e roupas íntimas, em qualquer situação;


Considerações

Não sinta vergonha de conversar com o profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre sexo ou qualquer coisa diferente que esteja percebendo ou sentindo, nunca se esqueça de utilizar preservativo em todas as relações sexuais. É direito de todo brasileiro buscar esclarecimento e informações durante o atendimento de saúde.


Tire suas dúvidas no site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (http://www.aids.gov.br/) ou ligue para o Disque Saúde (0800 61 1997) e informe-se sobre a localização da Unidade mais próxima da sua casa.





FONTE(S): Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (http://www.aids.gov.br/); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

I Seminário de Anatomia Humana AJES - Guarantã do Norte

O Grupo 1 apresentou sobre: Artrite, artrose e osteoporose






O Grupo 2 apresentou sobre: Doenças da Coluna Vertebral







O Grupo 3 apresentou sobre: Formações Cristalinas nas articulações.







O Grupo 4 apresentou sobre: Osteogênese Imperfeita, Artrogripose Múltipla Congênita .







O grupo 5 apresentou sobre: Anomalias Congênitas do Esqueleto.




O grupo 6 apresentou sobre: Doenças Relacionadas ao Sistema Endócrino.



segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Guevedoces: o estranho caso das 'meninas' que ganham pênis aos 12 anos

Sugestão: Acadêmica Naiara Wappler, do II Termo de Enfermagem.
Reportagem: Michael Mosley Da BBC

Johnny vive em uma pequena cidade na República Dominicana onde ele, assim como outros meninos, é conhecido como "guevedoce" - ou "pênis aos doze".

Como outros guevedoces, Johnny foi criado como menina porque, em vez de ter testículos ou pênis visíveis, tinha o que parecia ser uma vagina. Apenas quando ele chegou à puberdade seu pênis se desenvolveu e os testículos desceram.

Johnny, que era conhecido como Felicita, lembra de ir à escola com um pequeno vestido vermelho, apesar de dizer que nunca foi feliz fazendo coisas de menina. "Nunca gostei de me vestir de menina e quando me davam brinquedos de menina eu nem brincava. Quando via um grupo de meninos, ia jogar bola com eles." Quando ele se tornou claramente uma pessoa do sexo masculino, passaram a implicar com ele na escola.

De Carla a Carlos

Já Carla, aos sete anos, está prestes a se tornar Carlos. A mãe dele antecipou a mudança. "Quando ela fez cinco anos percebi que, sempre que via um de seus amigos homens, queria brigar com eles. Os músculos e o peitoral dela começaram a crescer. Dava para ver que ela seria menino. Eu a amo, não importa quem seja. Menina ou menino, não faz diferença", diz a mãe.


Mas por que isso acontece?

Uma das primeiras pessoas a estudar esta condição incomum foi Julianne Imperato-McGinley, do Cornell Medical College, em Nova York. A pesquisadora fez diversas pesquisas com os guevedoces (inclusive biópsias nos testículos deles) antes de descobrir a causa do mistério.

Quando uma pessoa é concebida, ela normalmente tem um par de cromossomos X se for virar uma menina e um par de cromossomos XY se for ser homem. Nas primeiras semanas da vida uterina ela não é nem homem nem mulher, embora em ambos os sexos os mamilos comecem a crescer.

Então, cerca de oito semanas após a concepção, os hormônios sexuais aparecem. Se você é geneticamente homem, o cromossomo Y instrui suas gônadas a virar testículos e envia testosterona para uma estrutura chamada tubérculo, onde ela é convertida em um hormônio mais potente chamado dihidrotestosterona. Este hormônio transforma o tubérculo em um pênis. Se você é mulher e não produz dihidrotestosterona, o tubérculo vira o clitóris.

Quando Imperato-McGinley pesquisou os guevedoces, descobriu que o fato de não terem genitália masculina ao nascer se deve à deficiência de uma enzima chamada 5-alfarredutase, que normalmente converte a testosterona em dihidrotestosterona.

Esse problema parece estar ligado a uma deficiência genética comum em parte da República Dominicana, mas rara em outros locais. Então os meninos, apesar de terem cromossomos XY, parecem mulheres quando nascem. Na puberdade, como outros meninos, eles recebem uma segunda onda de testosterona. Desta vez o corpo responde e nascem músculos, testículos e pênis. 

As pesquisas de Imperato-McGinley mostraram que, na maioria dos casos, os novos órgãos masculinos funcionam bem e a maioria dos guevedoces passa a viver como homem. Alguns, no entanto, passam por cirurgia e continuam sendo mulheres.


FONTE(S): BBC Brasil (http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150921_meninos_puberdade_lab); Imagem --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en)

Novo relatório da OMS: Linguiça, bacon e presunto são cancerígenos

Reportagem: James Gallagher
Editor de Saúde da BBC News

Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o consumo de carne processada - como bacon, salsichas e presunto - causa câncer. Segundo o documento, 50 gramas de carne processada por dia, o equivalente a duas fatias de bacon, aumentam a chance de desenvolver câncer colorretal em 18%.
De forma mais branda, pela falta de provas mais contundentes, a organização também reforçou o alerta em relação à carne vermelha, dizendo que ela seria "provavelmente cancerígena". De acordo a correspondente da BBC em Genebra, Imogene Foulkes, no caso da carne vermelha o "quadro não é tão claro".



"O estudo mostra provas limitadas de que comer carne bovina, carne de porco ou cordeiro pode causar câncer, mas outras explicações não podem ser descartadas", afirmou. A correspondente da BBC afirmou ainda que a OMS destaca que o consumo baixo de carne traz benefícios à saúde, mas os consumidores precisam saber que também existem riscos e comer carne com moderação. A carne vermelha é uma grande fonte de ferro, zinco e vitamina B12.


Aditivos


Carne processada é a carne que foi modificada para aumentar seu prazo de validade ou manipular o gosto. São as carnes defumadas, curadas ou que receber aditivos como sal ou conservantes. São estes aditivos que podem aumentar o risco de desenvolver câncer.

A OMS chegou a essas conclusões após aconselhamento de sua Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, que avalia os melhores dados científicos disponíveis. Com isso, a carne processada passa a estar na mesma categoria que plutônio e bebidas alcoólicas, substâncias que comprovadamente causam câncer.

No entanto, isso não significa que consumir bacon, por exemplo, seja tão ruim quanto fumar. "Para um indivíduo, o risco de desenvolver câncer colorretal (no intestino) por causa do consumo de carne processada continua pequeno, mas este risco aumenta com a quantidade de carne consumida", disse Kurt Straif, da OMS.

Para o professor da Universidade de Oxford Tim Key, que também é membro da organização beneficente britânica voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK, é uma questão de moderação.

"Esta decisão não significa que você precisa parar de comer qualquer tipo de carne vermelha ou processada, mas se você come muito, há boas razões para pensar em diminuir. Comer bacon de vez em quando não vai causar muito dano - uma dieta saudável é baseada na moderação", afirmou.

FONTE(S): BBC Brasil (http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151026_carne_cancer_oms_fn); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Que motivos fazem as mulheres viverem mais que os homens?

Reportagem: David Robson
Da BBC Future


Uma das primeiras teorias era a de que os homens viviam uma vida fisicamente mais extenuante e o corpo acabava cobrando o preço disso mais tarde. Mas se isso fosse verdade, hoje em dia a diferença na longevidade deveria ter caído, já que a maioria dos homens e das mulheres realiza os mesmos tipos de trabalho, muitas vezes sedentário.

Só que a diferença na expectativa de vida entre os sexos se manteve estável apesar das profundas transformações sociais dos últimos séculos. Tomemos o exemplo da Suécia: em 1800, a expectativa de vida no nascimento era de 33 anos para as mulheres e 31 anos para os homens; hoje, esses valores são 83,5 anos para elas e 79,5 anos para eles. Nos dois casos, as mulheres vivem cerca de 5% mais tempo que os homens.

Cientistas da Universidade do Alabama afirmaram, em artigo recente na revista Gerontology, que "essa consistente vantagem de sobrevivência das mulheres em comparação aos homens (...) é observada em todos os países, em todos os anos em que há registros confiáveis de nascimentos e óbitos. É provavelmente o padrão repetitivo mais robusto da biologia humana".

Também não tem sido fácil para pesquisadores provar que os homens forcem seus corpos mais que as mulheres. Fatores como o fumo, o consumo de bebidas alcoólicas e a alimentação em excesso podem explicar a diferença nas expectativas de vida entre homens e mulheres em cada país. Os homens russos, por exemplo, têm mais chances de morrer 13 anos antes do que suas conterrâneas mulheres, em parte porque bebem e fumam mais.

Mas a verdade é que fêmeas de chimpanzés, gorilas, orangotangos e gibões também viverem mais do que os machos de seus grupos, e nós não os vemos com cigarro na boca e um copo de cerveja na mão.

Parece, portanto, que a resposta do enigma está na nossa evolução. "É claro que fatores sociais e de estilo de vida têm sua influência, mas há algo mais profundamente impregnado na nossa biologia", afirma Tom Kirkwood, que estuda a fisiologia do envelhecimento na Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha.

Outra hipótese considera o fato de o batimento cardíaco das mulheres aumentar durante a segunda metade do ciclo menstrual, oferecendo benefícios semelhantes aos de fazer exercícios moderadamente. O resultado é um risco mais tardio de desenvolver doenças cardiovasculares.

A diferença na longevidade também pode ser uma questão de tamanho. As pessoas mais altas têm mais células em seu corpo, o que significa que elas têm mais chances de desenvolver mutações prejudiciais. Corpos maiores também consomem mais energia, provocando um desgaste maior dos tecidos. E, como os homens costumam ser maiores que as mulheres, eles poderiam enfrentar mais danos a longo prazo.

Mas talvez o verdadeiro motivo seja a testosterona, que determina a maioria das outras características masculinas, como a voz mais grossa, a presença maior de pelos e a calvície. As evidências para isso vêm de um lugar inusitado: a Corte Imperial da Dinastia Chosun, da Coreia. O cientista coreano Han-Nam Park recentemente analisou os registros detalhados da vida na corte no século 19, incluindo 81 eunucos cujos testículos foram retirados antes da puberdade.

A análise revelou que os eunucos viviam até aproximadamente 70 anos, enquanto os demais homens da corte tinham uma vida média de 50 anos. De maneira geral, os eunucos tinham 130 mais chances de chegar aos 100 anos do que os homens comuns que viviam na Coreia naquela época, inclusive os reis.

A testosterona pode tornar o corpo mais forte, no curto prazo, mas essas mesmas mudanças deixam os homens propensos a doenças do coração, infecções e câncer no fim da vida. "O hormônio pode aumentar a produção de fluido seminal hoje, mas promove o câncer de próstata a longo prazo; ou altera a função cardiovascular para melhorar o desempenho físico no início da vida, mas leva à hipertensão e à arteriosclerose", diz Gem.

‘Elixir da juventude’

As mulheres não só escapam dos riscos da testosterona como também podem se beneficiar de seu próprio "elixir da juventude", que ajuda a compensar alguns dos estragos provocados pelo tempo. O hormônio sexual estrogênio é um "antioxidante", o que significa que ele neutraliza substâncias tóxicas que estressam as células.

Em experimentos com animais, as fêmeas cujos ovários foram retirados não vivem tanto quanto àquelas que continuaram produzindo o estrogênio naturalmente. Kirkwood e Gem acreditam que isso é uma vantagem evolutiva que deu a homens e mulheres as melhores chances de passar seus genes adiante.

Durante o acasalamento, as mulheres teriam mais tendência a procurar o "macho alfa", mais definido pela testosterona. "Mas, uma vez que os filhos nascem, o bem-estar da cria está intimamente ligado ao bem-estar da figura materna. Ou seja, é muito mais importante para os filhos que a mãe esteja em forma do que o pai", diz Kirkwood.

Isso pode não ser um grande consolo para os homens de hoje. Os cientistas admitem que é preciso continuar procurando por uma resposta definitiva. Mas a esperança é que, um dia, o conhecimento possa trazer algumas pistas para ajudar todos nós a vivermos um pouco mais.


FONTE(S): BBC Brasil (http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151005_vert_fut_longevidade_sexos_ml); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Estudos indicam: Dependência de ‘memória digital’ está prejudicando memória humana

Reportagem: Sean Coughlan
Saúde da BBC News

O uso indiscriminado de tecnologias digitais está enfraquecendo a memória dos seres humanos, revelou uma nova pesquisa. O estudo, conduzido por uma empresa de cibersegurança sediada no Reino Unido, constatou que as pessoas vêm recorrendo a computadores e dispositivos móveis para guardar novas informações em vez de usar seus próprios cérebros.

Segundo a pesquisa, muitos adultos que ainda se lembravam de números de telefone durante a infância não conseguiam memorizar os números de telefone do trabalho ou de parentes próximos.
Maria Wimber, da Universidade de Birmingham, na região central da Inglaterra, disse que o hábito de usar as máquinas para buscar informação "impede a construção de memórias de longo prazo".

O estudo, que analisou os hábitos de memória de 6 mil adultos no Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, constatou que mais de um terço dos entrevistados afirmou que recorreria primeiro a computadores e dispositivos móveis para buscar informações do que à própria memória.

Memória externa

A pesquisa revelou que a dependência dos computadores gera um impacto de longo prazo no desenvolvimento das memórias.
"Nosso cérebro parece guardar informações cada vez que tentamos nos lembrar delas, e ao mesmo tempo esquecer aquelas que não são tão importantes", explica Wimber.

Wimber explica que o processo de memorização de dados é "uma forma muito eficiente para criar uma memória permanente". "Por outro lado, buscar informações continuamente na internet não cria uma memória sólida e duradoura."

Entre os adultos que participaram da pesquisa no Reino Unido, 45% conseguiam lembrar-se do número de casa quando tinha 10 anos, enquanto 29% conseguiam lembrar-se dos números de telefone de seus filhos e 43% conseguiam lembrar-se do número de telefone do trabalho.

A capacidade de lembrar-se do número de telefone do parceiro foi mais baixo no Reino Unido do que em qualquer outro lugar da Europa. Enquanto apenas a metade dos entrevistados (51%) britânicos sabia de cor o número de telefone do parceiro, a proporção na Itália era de 80%.

O estudo, realizado pela Kaspersky Lab, empresa de cibersegurança sediada no Reino Unido, constata que as pessoas se acostumaram a usar computadores como uma "extensão" de seus próprios cérebros.

Trata-se da chamada "amnésia digital", pela qual as pessoas se esquecem de informações importantes pois acreditam que podem buscá-las imediatamente na internet, informa a pesquisa. A pesquisa destaca também que há uma tendência cada vez maior de guardar memórias pessoais em formato digital. Fotografias de momentos importantes, por exemplo, deixaram de ser impressas para serem armazenadas somente no universo virtual, com o risco de serem roubadas ou perdidas.


"Existe também o risco de que o registro constante de informação em dispositivos digitais nos torna menos propensos a guardar informações de longo prazo, e até nos distrair de memorizar corretamente um acontecimento da forma como ele ocorre", afirmou Wimber.


FONTE(S): BBC Brasil (http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151007_dependencia_memoria_digital_lgb); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).