quinta-feira, 30 de julho de 2015

Mitos sobre as dietas

Reportagem: BBC Brasil


Muitos já passaram por isso: ganham uns quilos a mais em um período de pouco controle sobre a alimentação e decidem fazer uma dieta.

Essas pessoas acabam escolhendo um método indicado por algum conhecido ou sobre o qual leram em algum site ou revista.

O problema é que muitas dicas ou crenças sobre a melhor forma de perder peso não dão o resultado esperado.
"Fazer mudanças a longo prazo e modificar o estilo de vida é a maneira ideal de combater os quilos porque leva a uma perda de peso permanente", médica Lucy Chambers, especialista em alimentação da Fundação Britânica de Nutrição.
Levando em conta esse aspecto, reunimos, abaixo, alguns dos mitos mais comuns sobre fazer dieta.

 - Certos alimentos servem para queimar gorduras
Repolho, salsão (ou aipo), toranja, chá verde, pimentas... não deve ser a primeira vez que você ouve falar destes ou de outros alimentos que supostamente ajudam a queimar ou eliminar gorduras.
Mas não é bem assim, de acordo com a Fundação Cardíaca Britânica (BHF). Não existe um tipo de comida que tenha propriedades especiais de queimar a gordura em excesso no corpo.


 - Não se deve comer ou fazer lanchinhos entre refeições
De acordo com a mesma entidade, essa premissa também é um mito.
Não há problema em comer algo rápido entre as refeições principais, quando se trata de um lanchinho ou tira-gosto saudável, como uma fruta, uma verdura ou um iogurte light.
É útil, pois ajuda a controlar o apetite.


 - Comer à noite engorda
A hora em que se consome um alimento não é o que determina o aumento de peso, são as calorias.
Se são consumidas calorias em excesso, mais do que o corpo necessita, ganha-se peso, não importa se for pela manhã, à tarde ou à noite.
Nesse aspecto, tanto o Centro de Saúde da Universidade de Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, como a publicação americana WebMD, concordam: não existe prova de que comer tarde da noite engorda.



 - Os carboidratos são 'vilões'
Esse tipo de alimento – que inclui açúcares, amido e fibra – é componente fundamental de uma dieta saudável.
"Nosso corpo necessita de carboidratos para obter energia, especialmente para o bom funcionamento do cérebro e dos músculos. O Departamento de Saúde do Reino Unido recomenda que pelo menos a metade da energia provida por nossa dieta diária venha de carboidratos", explica Lucy Chambers, da Fundação Britânica de Nutrição.


 - Quanto menos gordura, melhor
Chambers diz que, ao contrário do que muitos pensam, é recomendado que uma dieta de emagrecimento contenha pelo menos 35% de gordura.
Não é indicado um regime baixo em gorduras ou um que elimine totalmente o consumo de gorduras.
O que é preciso ter em conta, segundo Chambers, é que há diferentes tipos de gordura; o tipo ingerido é que faz a diferença. O ideal é substituir a gordura saturada* pela insaturada**, já que esta ajuda a reduzir o colesterol no sangue, substância ligada ao risco de doenças cardíacas e derrames cerebrais.

*GORDURA SATURADA
Um tipo de gordura encontrado principalmente em produtos de origem animal e que, em temperatura ambiente, apresenta-se em estado sólido
Onde é encontrada? - Carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves), leite e derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê.
**GORDURA INSATURADA 
O que é - Um tipo de gordura formada por um processo químico (hidrogenação), no qual óleos vegetais líquidos são transformados em ácido graxo trans, uma gordura sólida.
Onde é encontrada? - Margarina, biscoitos, batatas fritas, sorvete e salgadinhos de pacote.

 - Produtos com baixo teor de gordura ajudam a perder peso
Os alimentos com baixo teor de gordura oferecidos no mercado costumam incluir quantidades maiores de açúcar, sal e amido.
Isso é feito para compensar o sabor que os alimentos perdem quando é retirada determinada quantidade de gordura.
Com esse tipo de alimento também há o risco de se consumir porções maiores – em quantidade e frequência –, o que pode levar a uma ingestão maior de calorias e não ajudar em nada a eliminar os quilos a mais.
Quanto aos produtos que são vendidos sob a premissa de terem o açúcar retirado, o que costuma ocorrer é que eles são adoçados com concentrados de sucos de frutas, o que leva ao consumo da mesma quantidade de calorias do que o original.
Além disso, segundo o Centro de Saúde da Universidade de Virgínia Ocidental, não há ganho nutricional no consumo de alimentos desse tipo.


 - Tomar muita água ajuda a emagrecer
A água é fundamental para o organismo, mas não é por isso que se deve assumir que aumentar o seu consumo levará à perda de peso.
É bom beber mais água quando se faz uma dieta, porque isso ajuda a evitar outras bebidas que tenham açúcar, mas esta ação não contribui para eliminar os quilos a mais – é preciso juntar isso a outras medidas.



 - Pular refeições torna a dieta mais eficaz
Não é verdade. A consequência dessa medida é aumentar a fome, o que, por sua vez, leva a um consumo maior de alimentos na próxima refeição.
Várias entidades, entre elas o Instituto Nacional de Enfermidades Digestivas, do Rim e da Diabetes, nos Estados Unidos, concordam com essa visão.
Alguns estudos chegaram até a indicar que deixar de comer no café da manhã pode aumentar o peso.


 - O que funciona para perder peso são exercícios intensos e prolongados
Trata-se de mais um mito, mesmo porque atividades físicas de baixa intensidade também consomem calorias.
Faz bem visitar uma academia, mas o BHF diz que mesmo caminhar, arrumar o jardim ou realizar outras atividades domésticas também pode fazer a diferença.
O Centro de Saúde da Universidade de Virgínia Ocidental também salienta que o exercício não transforma gordura em músculo, como muitos pensam, já que ambos os tecidos são compostos por células diferentes.
É possível queimar gordura e desenvolver músculo, mas não é possível converter o primeiro no segundo.
E cuidado com os produtos que prometem a quase milagrosa perda de vários quilos em pouco tempo. Qualquer que seja a sua constituição física, é extremamente difícil que essa previsão se cumpra.
Além disso, tais produtos podem ser perigosos para a saúde; os que se baseiam em ervas ou componentes naturais geralmente não foram submetidos a rigorosos processos de verificação científica para garantir sua eficácia e segurança.


FONTE(S): BBC Brasil (http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150703_dietas_dez_mitos_tp); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

terça-feira, 28 de julho de 2015

Pílula do dia seguinte antiaids

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SUGESTÃO: ProReportagem: Veja Saúde
SUGESTÃO: Prof. Me. Wladimir Rodrigues Faustino.


O tratamento é indicado para todas as pessoas que correram risco de contato com o HIV*. O ideal é que seja iniciado nas primeiras duas horas após a exposição ao vírus.

* Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH ou HIV, do inglês Human Immunodeficiency Virus) é um lentivirus que está na origem da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, uma condição em seres humanos na qual a deterioração progressiva do sistema imunológico e propicia o desenvolvimento de infeções oportunistas e cancros potencialmente mortais. 


A partir da quinta-feira passada (23/07/2015), todas as pessoas que tiverem risco de contato com o vírus causador da aids, o HIV, passam a ter acesso aos medicamentos antiaids em qualquer serviço especializado do país. O tratamento é chamado de profilaxia pós-exposição. Ele é indicado tanto no caso de acidentes ocupacionais, como pode ocorrer com profissionais de saúde que tiveram contato com sangue de paciente infectado, quanto com vítimas de violência sexual ou ainda pessoas que tiveram relação sexual desprotegida.

Assim como na pílula do dia seguinte, o ideal é que o tratamento seja iniciado nas primeiras duas horas após a exposição ao vírus, e, no máximo, em 72 horas. No entanto, para ter eficácia, o medicamento precisa ser administrado por 28 dias.

Para o Ministério da Saúde, a medida facilita o acesso ao tratamento e evita a recusa eventual dos serviços de fornecerem a terapia. Até então, não era raro acontecer, por exemplo, de algumas instituições de atendimentos a vítimas de violência alegarem que só poderiam fornecer remédios às mulheres atendidas no local. "A maior parte das recusas ocorria para pessoas que recorriam ao serviço depois de manter relações sexuais desprotegidas", afirmou Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Para facilitar o acesso aos serviços, em dezembro será lançado um aplicativo com orientações sobre os postos de distribuição mais próximos. Além de centros de serviços especializados em DST-Aids, em algumas cidades os antirretrovirais também são fornecidos em unidades de emergência.


FONTE(S): Revista Veja (http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pilula-do-dia-seguinte-antiaids-comeca-a-ser-distribuida-nesta-quinta-feira/); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).: Prof. Me. Wladimir Rodrigues Faustino.
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terça-feira, 21 de julho de 2015

CINTURA PÉLVICA

Matéria e Sugestão por: Profa. Me. Ana Freire Macedo Ribeiro

CINTURA PÉLVICA
A cintura pélvica é a parte do corpo humano que estabelece conexão entre os membros inferiores e o tronco, sendo constituída pelos ossos do quadril, sacro e cóccix. Juntamente com a articulação do quadril, a cintura pélvica possui papel fundamental na sustentação do peso corporal, no aumento da amplitude de movimento dos membros inferiores e na manutenção do equilíbrio e da postura corporal em ortostatismo. 

 


Cada osso do quadril é formado pela fusão de três ossos: o ílio, o ísquio e o púbis.




Os ossos do quadril direito e esquerdo conectam-se anteriormente na sínfise púbica e, posteriormente, articulam-se com o sacro, através da articulação sacroilíaca, uma forte articulação sinovial.



A articulação sacroilíaca é composta por diversos ligamentos que são fundamentais para proporcionar estabilidade, tais como os ligamentos sacroilíaco interósseo, sacroilíaco anterior e posterior, sacrotuberal e sacroespinhal.



Diferenças anatômicas entre os gêneros feminino e masculino podem ser observadas. Em geral, devido às características reprodutoras da mulher, a pelve feminina é mais inclinada anteriormente e mais larga que a masculina. Somando-se a isso, a abertura superior da pelve feminina é arredondada e a masculina tende a ser oval.



Durante o período gestacional, a ação dos hormônios relaxina e estrógeno produz maior frouxidão ligamentar e consequente aumento de movimento articular. Tais fatores podem levar ao surgimento de dor na região da sínfise púbica que normalmente é exacerbada com a prática de exercício físico e com o ganho excessivo de peso nesse período.




Referências bibliográficas:

BORG-STEIN, J.; DUGAN, S. A. Musculoskeletal disorders of pregnancy, delivery and postpartum. Physical medicine and rehabilitation clinics of North America, v.18, n. 3, 459-476, 2007.

FATTINI, C.A.; DANGELO, J.G. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007.

HAMILL, J.; KNUDZEN, K. Bases biomecânicas do movimento humano. São Paulo: Manole, 1999.


terça-feira, 7 de julho de 2015

Mitos e Verdades sobre as DST

Reportagem: UOL Notícias Saúde

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem o uso de preservativo, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte.

Usar preservativos em todas as relações sexuais   é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da aids, o HIV. 

Conheça agora alguns mitos e verdades sobre as DST.


A camisinha não protege contra todas as DSTs?
VERDADE: algumas doenças sexualmente transmissíveis podem causar feridas em regiões não cobertas pelo preservativo. Mas é importante frisar que a camisinha, ainda assim, é o melhor método para evitar as DSTs - inclusive a Aids - impedindo o contato com sangue, esperma e secreção vaginal. Se utilizada corretamente, o preservativo diminui o risco de contágio para 5%.


É possível contrair DST compartilhando roupas íntimas?

PARCIALMENTE VERDADE: o tema é controverso. Isso porque é muito difícil um vírus ou bactéria, por exemplo, sobreviver em uma peça de roupa íntima (cueca ou calcinha) ou em uma toalha de banho. Mas alguns pesquisadores acreditam que algumas DST, como o HPV, possam ser transmitidas dessa forma. Na dúvida, o melhor é evitar compartilhar roupas íntimas e toalhas, e sempre ter muito cuidado com sua higiene.


Beijo na boca pode transmitir DST?

PARCIALMENTE VERDADE: o fato é que nenhuma das relações sexuais sem proteção é isenta de risco. "Qualquer tipo de contato entre mucosas e feridas com secreções corporais pode transmitir DSTs. E em algumas delas isso é ainda mais frequente, como o herpes", afirma Alessandra Bedin Ciminelli Rubino, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein. No entanto, é muito difícil se pegar uma DST através do beijo na boca. Isso porque a saliva tem várias substâncias prejudiciais a vírus e bactérias. Assim, a possibilidade de alguém ser infectado durante um beijo é mínima (o risco é menor de 0,1%) e existe apenas se houver um ferimento grande na boca.


Algumas DSTs podem ser transmitidas por picada de inseto?

MITO: mosquitos, pernilongos ou outros insetos não podem transmitir DST. Elas somente são contraídas através da troca de fluidos nas relações sexuais (sexo oral, anal e vaginal) sem camisinha com alguém infectado, recepção de sangue contaminado, compartilhamento de agulhas e seringas, materiais perfuro-cortantes contaminados e de mãe infectada para o filho, quando não há os cuidados necessários.


Equipamentos de salão de beleza ou de tatuagem podem transmitir DST?

VERDADE: objetos perfuro-cortantes com presença de sangue contaminado podem transmitir algumas DSTs, como a Aids e as hepatites B e C. Mas só se os instrumentos não forem devidamente esterilizados. "Se a pessoa facilita o contato com objetos que contenham traços sanguíneos, como seringas e agulhas utilizadas para outra pessoa, pode se infectar no caso dessas doenças", alerta Regina Figueiredo, coordenadora de Projetos em Saúde Sexual e Reprodutivos do Núcleo de Estudos para a Prevenção Aids (Nepaids) da USP e pesquisadora do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo.

Mães infectadas podem transmitir a doença para seus filhos?

VERDADE: a mulher grávida pode transmitir para o seu filho várias DSTs. O HIV, vírus da Aids, e o treponema, agente da sífilis, podem infectar o feto ainda no interior do útero. A gonorreia, a clamídia e o herpes podem ser transmitidos para o bebê no nascimento, no momento de sua passagem pelo canal do parto. O HIV também pode ser transmitido ao bebê através da amamentação. "Em função disto, no início do acompanhamento pré-natal, são solicitados vários exames, dentre eles as sorologias, pois algumas DSTs podem e devem ser tratadas para minimizar as chances de transmissão fetal", afirma Rodrigo de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo.


Todo filho de mulheres portadoras do HIV também terá o vírus?

MITO: bebês que nascem de mães com HIV têm até 30% de chance de serem infectadas caso não sejam tomadas as medidas de prevenção necessárias. Quando as medidas são seguidas corretamente, a possibilidade cai para 0,5%. "Hoje é possível uma mulher com HIV planejar uma gravidez e ter uma família. Se ela estiver fazendo o tratamento corretamente e com um pré-natal adequado, a chance de infectar o bebê é muito baixa", garante o médico infectologista e imunologista Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e coordenador do comitê de retroviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia.

É possível ter uma DST e não apresentar sintoma?

VERDADE: algumas DSTs podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. A clamídia, a gonorreia e até mesmo o HIV podem demorar anos até manifestar seus primeiros sinais. "Na maioria das DSTs os sintomas são frequentes e visíveis (úlcera genital, bolhas genitais, corrimentos, verrugas etc.), mas outras doenças, como a Aids e as hepatites, podem evoluir de maneira assintomática", afirma Rodrigo de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo. Por isso é preciso se prevenir sempre e, caso haja alguma exposição de risco (por exemplo, relação sem camisinha), é preciso procurar um profissional de saúde para fazer os testes e tirar as dúvidas.

Quem tem DST não pode doar sangue?
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VERDADE: isso porque o sangue contaminado pode transmitir a doença ao receptor. "Por isso os portadores de DSTs não devem doar sangue", alerta Rodrigo de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo.





É possível pegar uma DST na banheira do motel?           

PARCIALMENTE VERDADE:  Os vírus não conseguem sobreviver muito tempo fora das células humanas, assim, o risco de pegar uma DST na banheira do motel é é muito pequeno. Os verdadeiros perigos estão relacionados à má higiene, sendo mais possível pegar uma micose, por exemplo.


FONTE(S): Reportagem --> UOL Notícias e Saúde (http://noticias.uol.com.br/saude/album/2013/08/19/conheca-alguns-mitos-e-verdades-sobre-as-dsts.htm); Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais,  (http://www.aids.gov.br/); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Cuba é o primeiro país a eliminar transmissão materna do HIV

Reportagem: Jornal Zero Hora
SUGESTÃO: Prof. Me. Wladimir Rodrigues Faustino.

Cuba é o primeiro país a eliminar transmissão materna do HIV, em 2013, apenas dois bebês nasceram com HIV em Cuba, e apenas três nasceram com sífilis congênita. A Organização Mundial de Saúde (OMS) certificou nesta terça-feira Cuba como o primeiro país a eliminar a transmissão mãe-filho de sífilis e HIV, destacando o papel do sistema de cuidados primários de saúde na ilha.


— O sucesso de Cuba demonstra que o acesso universal e a cobertura universal de saúde são viáveis, e são, de fato, a chave para o sucesso mesmo contra tais desafios complexos como o HIV — afirmou Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), uma filial regional da OMS, em coletiva de imprensa.

Em 2013, apenas dois bebês nasceram com HIV em Cuba, e apenas três nasceram com sífilis congênita — bem abaixo dos limites estabelecidos pela OMS para a eliminação da transmissão. Para o ministro de Saúde Pública de Cuba, Roberto Morales Ojeda, o reconhecimento da OMS "constitui um alto reconhecimento ao sistema nacional de saúde cubano" que é, segundo ele, "acessível, gratuito e universal".

O sucesso de Cuba reforça a necessidade de que os sistemas de saúde na América Latina e no Caribe se fundamentem no cuidado primário, segundo Etienne. — "Assim, é possível enfrentar desastres naturais, doenças infecciosas ou qualquer outra coisa" — afirmou. 

Segundo a OMS, outros seis países e territórios da América estão em condições de solicitar a validação da dupla eliminação destas doenças: Anguila, Barbados, Canadá, Estados Unidos, Montserrat e Porto Rico.
Mais oito países da região conseguiram eliminar apenas a transmissão de mãe para filho do HIV e 14 conseguiram eliminar apenas a transmissão da sífilis congênita, informou a organização em comunicado.


Arte Aids

Segundo a OMS, a cada ano cerca de 1,4 milhões de mulheres vivendo com HIV ficam grávidas no mundo, e caso não recebam tratamento existe até 45% de chances de transmitir o vírus a seus filhos. Mas desde 2009, o número de crianças que nascem a cada ano com HIV caíram quase pela metade, ao passar de 400 mil para 240 mil em 2013.
Por outro lado, quase um milhão de grávidas em todo o mundo se infectam com sífilis anualmente, o que pode resultar em morte ou em infecções neonatais graves.


FONTE(S): Jornal Zero Hora (http://zh.clicrbs.com.br/); ANSA Brasil (http://ansabrasil.com.br/brasil/); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Descobertas recentes abrem perspectivas de cura para a hipertensão

Reportagem: Ivonete D. Lucírio, Lúcia Helena de Oliveira
Por Redação Super, Edição87

 SUGESTÃO: Prof. Me. Wladimir Rodrigues Faustino.



Calcula-se que, no Brasil, há aproximadamente 12 milhões de pacientes hipertensos. Desses, só 2 milhões estão em tratamento. Nos Estados Unidos, existem cerca de 50 milhões de pessoas com pressão alta. A Medicina quer saber o que os vasos dos hipertensos têm de diferente em relação aos de quem é saudável, com pressão ao redor de 12 por 8. Uma descoberta recente é que a hipertensão pode ser comparada a um envelhecimento precoce. As lesões que ela causa nos vasos são muito parecidas com as que ocorrem na velhice. Tanto em hipertensos de qualquer idade quanto nos idosos, é grande a incidência da arterosclerose — um terrível endurecimento das artérias. Isso mostra que a hipertensão pode ser uma doença com raízes mais profundas, que têm a ver com o próprio desenvolvimento do organismo.


A pressão sangüínea aumenta quando a artéria se contrai. É verdade. Mas não é tudo. Agora já se sabe que as paredes dos vasos dos hipertensos são 20% mais grossas do que o normal e chegam até a dobrar de espessura. Como isso acontece ainda é um mistério. O fato é que, numa das três camadas da parede do vaso — a média — , as células se distribuem de um jeito diferente. E isso está animando alguns pesquisadores. “Será que as alterações são reversíveis?”, pergunta-se Ernesto Schiffrin, chefe de uma equipe no Instituto de Pesquisas de Montreal, no Canadá.

“Se conseguirmos uma droga que corrija as alterações, teremos a cura de um problema até agora sem solução”, afirma Schiffrin. Hoje, existem três remédios para hipertensão: beta-bloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio e diuréticos, que ajudam a eliminar sal. Mas há um problema: se a pessoa deixar de tomá-los, o aperto nas artérias reaparece.

Pior: essas drogas evitam infartos e derrames cerebrais, males comuns nos hipertensos. Porém, não são eficientes contra a isquemia — quando os minúsculos vasos do coração ficam deformados. O órgão recebe menos sangue e não funciona direito.

“Até agora, só um remédio parece reverter as lesões dos pequenos vasos”, conta Schiffrin. “É o cilazapril, novidade usada com cautela pelos médicos.” Ele reduz a quantidade de uma substância no organismo — a angiotensina II — que contrai os vasos e aumenta sua espessura.

Ninguém morre de hipertensão, mas de problemas decorrentes dela. Os que não tomam precauções correm um risco seis vezes maior de derrame ou edema cerebral, tem quatro vezes mais probabilidade de sofrer de insuficiência cardíaca e o triplo de chance de um infarto.

O jeito é ficar de olho nas artérias e examiná-las continuamente para saber se o tratamento, por meio de drogas, está conseguindo interromper o estrago que a doença causa. Um avanço foi verificar que o ultra-som pode ser usado para avaliar a condição dos vasos. “A técnica é antiga, mas só agora está sendo usada com essa finalidade”, conta o radiologista Sérgio Ajzen, da Escola Paulista de Medicina. Ele mesmo fez o teste. Ficou feliz: suas artérias estão normais.

Antes, só havia duas maneiras de observar as seqüelas deixadas pela pressão alta. Uma delas é a autópsia, mas esta só serve para conhecer melhor a doença, pois é realizada com a pessoa morta. Outra é a biópsia, quando se retira uma amostra de qualquer parte do corpo, imaginando que a situação dos vasos é parecida em todo o organismo. Esse exame é usado para avaliar artérias de pequeno calibre.

A valorização desses exames começou a partir da década de 50 (apesar de a hipertensão já ser citada em um tratado de Medicina chinês, escrito por volta de 2400 antes de Cristo). Explica-se: nos anos 50, as companias de seguro dos Estados Unidos descobriram que os hipertensos tem uma propensão maior para problemas cardio-vasculares.

Vários fatores podem levar uma pessoa a sofrer de pressão alta. Uma das mais importantes é o excesso de insulina no organismo, como tenta mostrar o estudo da professora Cláudia L. Forjaz, da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo. “A função básica da insulina é levar a glicose para dentro das células”, diz ela. “Algumas pessoas precisam de uma dose maior da substância para realizar essa função.” Nesse caso, o sistema nervoso simpático (que controla os vasos sangüíneos) passa a trabalhar mais. A professora quer descobrir como o aumento da atividade nervosa estimulado pela insulina provoca a contração dos vasos.


O estresse e o nervosismo também podem fazer o corpo liberar hormônios — substâncias que regulam o funcionamento do organismo — que contraem os vasos. Mas, passado o momento crítico, essas substâncias vão embora e tudo volta ao normal. “Certas pessoas ficam tão tensas quando vão ao médico que apresentam pressão elevada no consultório”, explica o nefrologista Artur Beltrame Ribeiro, da Escola Paulista de Medicina. Há três anos, chegou ao Brasil um aparelho que pode resolver esse problema. É o MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) que faz medições durante 24 horas. “Com ele, observamos como a pressão varia de acordo com a atividade que o paciente realiza durante o dia”, diz Beltrame. “E fica claro que os momentos de estresse elevam a pressão tanto em hipertensos quanto em pessoas normais”


Quem é o hipertenso
A tendência à hipertensão é maior em homens do que em mulheres. Aos trinta anos de idade, para cada nove deles, há apenas uma delas com o problema. Com a idade, a incidência feminina vai aumentando. Talvez isso aconteça porque elas passem a produzir menos progesterona, um hormônio protetor. Aos 70 anos, há mais mulheres hipertensas, mesmo porque parte dos pacientes masculinos já morreu.

As outras vítimas
Além do sexo e idade, há outros fatores que tornam uma pessoa mais sujeita à hipertensão. Negros, por exemplo, têm até duas vezes mais chance de ter pressão alta do que brancos. Filhos de hipertensos são mais vulneráveis do que filhos de quem tem saúde normal: a probabilidade de desenvolverem o problema, ao longo da vida, chega a ser de 80 por cento.

Para aliviar a pressão
Se ela não está muito acima do normal, os remédios podem até ser dispensados. Basta seguir a receita abaixo

Diminuir o sal
Algumas pessoas tem dificuldade em eliminar o sal pela urina. O sódio, um dos seus principais componentes, fica então circulando pela corrente sangüínea. Para manter o equilíbrio, o sangue acaba retendo água e assim aumenta seu volume. Conseqüência: sobe a pressão nas paredes das artérias. O sal também provoca contração, principalmente nos vasos mais finos. Além disso, ainda atrai água para as paredes, aumentando o seu espessamento.


Beber menos álcool
Cerca de 100 gramas de álcool por dia, o que equivale a duas doses de uísque ou 660 mililitros de cerveja, provocam aumento na pressão. Ainda não se conseguiu explicar porque isso acontece.


Cortar o cigarro
Os componentes do cigarro provocam formação de uma depressão na parede da artéria onde se depositam partículas do sangue chamadas plaquetas. Com o acúmulo delas, a região inflama e aparece uma espécie de calosidade que obstrui parte da artéria.


Controlar a gordura
Quando uma pessoa se torna obesa, passa a produzir glicose em maior quantidade. Conseqüentemente, o organismo passa a fabricar também mais insulina, substância que faz contrair as artérias.


Fazer exercícios
Atividades leves, como caminhada, natação e bicicleta ajudam a diminuir o estresse, a tendência à obesidade. Também fortalecem a musculatura do coração. O ideal é realizar o exercício três vezes por semana.


Aparelho mede a força do sangue
Usado tradicionalmente, o esfigonomanômetro funciona de modo simples. O braço é envolvido por uma faixa elástica e oca: o manguito . Bombeado , ele se enche de ar e comprime a artéria. Como o sangue pára de passar, a pressão do manguito é máxima e a da artéria é zero. Então, aos poucos, deixa-se sair o ar, o que reduz a pressão do manguito. Ele faz menos força sobre a artéria até o sangue voltar a fluir. O médico sabe disso porque ouve os batimentos do coração na artéria por meio do estetoscópio encostado no braço. Nesse momento, a pressão arterial é igual à do manguito. E esta é assinalada o tempo todo pelo marcador . O valor da pressão é dada por dois números. O primeiro é maior e mede a pressão no momento em que o coração bombeia o sangue, a chamada sístole. O segundo mede a pressão no instante em que o coração está relaxado, a diástole. O problema do esfigmomanômetro é que ele mede a pressão em momentos específicos: o ideal é poder acompanhar sua variação ao longo do dia.


O MAPA facilita a vida do médico e do hipertenso

Realizando medições a cada quinze minutos durante 24 horas ou mais. Um manguito , semelhante ao do aparelho convencional, é preso ao braço do paciente. Cada medição é gravada por um aparelho que fica acoplado à cintura. As informações são depois passadas para um computador, que cria gráficos e aponta os horários em que a pressão esteve mais alta.


FONTE(S): Revista Superinteressante (http://super.abril.com.br/ciencia/sob-pressao-hipertensao); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).