Reportagem: Cintia Baio
Colaboração para o UOL 14/01/2016
FONTE(S): UOL Saúde e Notícias (http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/01/14/clique-ciencia-por-que-temos-chule.htm); Imagem --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
Colaboração para o UOL 14/01/2016
Não é apenas a falta de higiene nos pés que causa o chulé. O principal responsável pelo mau cheiro, conhecido entre os médicos como bromidose plantar, são os compostos químicos liberados pelas milhões de bactérias que vivem em nossa pele e que se alimentam do suor e células mortas.
Em um indivíduo normal, existem mais de 600 glândulas sudoríparas por centímetro quadrado em cada pé. Esses pequenos orifícios secretam uma "mistura"" de água, sais, vitaminas, proteínas e ureia (suor) que, junto com células mortas, é um prato cheio para a alimentação das bactérias que vivem na região.
Elas fermentam esses nutrientes e eliminam alguns compostos químicos, como o ácido isovalérico e metanotiol. Juntos, esses ácidos causam o chulé. E não é por coincidência que certos tipos de queijo têm praticamente o mesmo cheiro. Alguns desses ácidos também são liberados pelas bactérias que participam da composição do alimento.
Pés mais fedidos que outros
Agora, o que faz um indivíduo ter mais chulé do que outros depende de uma série de fatores. Quem usa sapato fechado o dia todo pode ter mais chances de ter odor nos pés, por exemplo.
Isso acontece porque o suor produzido pelo corpo para manter a temperatura da região tem dificuldades de evaporar, mantendo os pés úmidos e favorecendo a proliferação das bactérias.
Os adolescentes, principalmente os meninos, estão mais propensos ao chulé. Com os hormônios em alta, a transpiração aumenta. Com isso, cresce o número de bactérias na região. Essa alteração hormonal também pode acontecer em indivíduos mais velhos. Situações de estresse ou baixa imunidade também contribuem para o desequilíbrio da flora natural de bactérias de nosso corpo, que podem aumentar.
Mas também é preciso ficar de olho na higiene da região. Usar o mesmo calçado por dias seguidos, não lavar ou enxugar os pés corretamente e guardar os sapatos logo após o uso, sem ventilação, aumentam a chance de ter chulé.
Prevenção
Algumas medidas simples podem contribuir para evitar o mau odor nos pés:
1. Não use o mesmo calçado por dias seguidos. O ideal é revezar 2 ou 3 pares de calçados ao longo da semana.
2. Após o uso, deixe os sapatos em locais bem ventilados e, se possível, expostos ao sol por algumas horas.
3. Dê preferência a calçados mais leves e que permitam melhor ventilação dos pés.
4. Se tiver que usar sapatos fechados, usar com meias finas e de algodão. Caso a sudorese nos pés seja muito intensa ao longo do dia, é bom trocar as meias pelo menos uma vez no meio do dia.
5. No banho, lavar os pés com sabão antisséptico e secar bem os pés depois, principalmente entre os dedos. Secador de cabelo pode ajudar muito nesta etapa.
6. O uso de talcos antissépticos pode ser eficaz. O talco absorve a umidade e mantém os pés secos por mais tempo. Deve ser aplicado nas meias e nos pés, entre os dedos.
FONTE(S): UOL Saúde e Notícias (http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/01/14/clique-ciencia-por-que-temos-chule.htm); Imagem --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
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