Reportagem modificada de: Katie Silver, BBC
A poluição matou 101.739 pessoas no Brasil em 2015, o que equivale a 7,49% do total de mortes no país durante o período, essa é a conclusão de um relatório publicado pela revista científica The Lancet.
A poluição matou 101.739 pessoas no Brasil em 2015, o que equivale a 7,49% do total de mortes no país durante o período, essa é a conclusão de um relatório publicado pela revista científica The Lancet.
De acordo com o estudo, a poluição do ar foi a grande vilã, sendo responsável pela maior parte dos óbitos (70.685). Em seguida, vem a poluição no ambiente de trabalho - como fumo passivo, atribuída a 18.512 mortes, da água (15.315) e do solo (10.592).
No total, foram analisados 188 países, o Brasil ficou na 148ª posição do ranking de países com maior proporção de mortes relacionadas à poluição, atrás de outras nações da América do Sul, como Uruguai, Chile e Equador.
De acordo com o relatório, a poluição foi responsável por uma a cada seis mortes registradas em todo o mundo em 2015, totalizando cerca de 9 milhões de óbitos. A maior parte das mortes ocorreu em países de renda baixa e média, onde a poluição está associada a até 25% das mortes.
maioria das mortes foi causada por doenças não infecciosas ligadas à poluição, como enfarto, derrame e câncer de pulmão.
Principal fator de risco, a poluição do ar contribuiu para 6,5 milhões de mortes prematuras. O número inclui a poluição nas ruas, representada pela emissão de gases, e de dentro de casa, provocada pela queima de madeira ou carvão, por exemplo.
A água poluída, segundo maior fator de risco, representou 1,8 milhão de mortes, enquanto a poluição no ambiente de trabalho foi relacionada a 800 mil mortes em todo o mundo. Cerca de 92% destas mortes ocorreram em países pobres, sendo que o maior impacto foi observado em países que estão passando por um rápido processo de desenvolvimento e industrialização, como a Índia, que apresentou o quinto maior número de mortes por poluição, e a China, na 16ª posição.
De acordo com os autores do estudo, a poluição do ar afetou os pobres de forma desproporcional, inclusive em países ricos.
"A poluição, a pobreza, a saúde e a injustiça social estão profundamente interligadas", afirma Karti Sandilya, da organização não-governamental Pure Earth, também autor do estudo.
"A poluição ameaça os direitos humanos fundamentais, como o direito à vida, à saúde, ao bem-estar, ao trabalho seguro, bem como às proteções das crianças e dos mais vulneráveis", completa.
O estudo é resultado de um projeto de dois anos organizado pela The Lancet sobre os efeitos da poluição na saúde.
FONTE(S): BBC BRASIL Saúde (http://www.bbc.com/portuguese/geral-41692503); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
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