Reportagem modificada de: BBC News Mundo
Já é sabido que a quantidade máxima de açúcar que devemos consumir todos os dias para evitar problemas de saúde, segundo nutricionistas, são sete colheres de "açúcar" (aprox. 37.1 g). Se levarmos em conta que apenas uma lata de refrigerante pode ter mais do que isso, podemos considerar que a tarefa de ingerir açúcar dentro desse limite não é das mais fáceis, por isso em alternativa são utilizados os adoçantes.
Adoçantes ou edulcorantes são substâncias de baixo ou inexistente valor energético que proporcionam, a um alimento, o gosto doce. Além da sacarose (açúcar natural mais difundido mundialmente), são largamente utilizados a sacarina, ciclamato e taumatina, que são moléculas bastantes distintas dos glicídios naturais.
Os adoçantes podem ser classificados em artificiais ou sintéticos como a sacarina sódica, ciclamatos etc., que não apresentam valores calóricos, e os naturais como a frutose, o sorbitol etc., que possuem menos caloria que a glicose presente na sacarose.
Devemos incluir em nossa dieta?
Se você perguntar a especialistas, a maioria vai dizer que tomar ou não adoçantes deve ser uma "escolha pessoal".
Sem dúvida, limitar a quantidade de açúcar que ingerimos faz bem para a saúde, pois ajuda a reduzir o risco de diabetes, obesidade e cáries nos dentes. Se considerarmos, por exemplo, o alto teor de açúcar nos refrigerantes, fica claro que uma alternativa dietética pode fazer uma grande diferença.
Porém, ainda é difícil determinar se substituir açúcar por adoçante realmente é mais saudável em todas as circunstâncias. Comer produtos com baixos níveis de açúcar e de caloria não é garantia de magreza ou de uma dieta saudável.
Consumir ajuda a perder peso?
A médica Stacey Lockyer, da Fundação Britânica de Nutrição, diz que a mudança para o adoçante artificial pode ajudar pessoas que estão fazendo dietas. "Há estudos que mostram que tanto em curto quanto em longo prazo as pessoas que consomem alimentos dietéticos ingerem menos calorias e tendem a perder peso", explica.
"No caso das bebidas, por exemplo, a melhor solução seria trocar por água, mas há quem tenha dificuldade em substituir algo açucarado por apenas água. Então, se você gosta do sabor, é possível trocar uma bebida bastante açucarada por outra outra com menos caloria", diz Lockyer.
Trazem riscos à saúde?
Os adoçantes artificiais são extremamente regulados e passam por verificações necessárias para seu uso em alimentos. Em muitos países, existem leis que estipulam que alimentos e bebidas devem ser claramente rotulados. Deve ser esclarecido ao consumidor, na embalagem, se o produto contém adoçantes (se sim, de qual tipo).
Nos testes, os fabricantes devem fornecer evidências de que os produtos não causam reações alérgicas, problemas de reprodução nem doenças, como o câncer. Os adoçantes também não podem ser armazenados dentro do corpo ou metabolizados em outras substâncias perigosas.
Críticas
Alguns estudos, por exemplo, afirmam que eles podem tornar as pessoas mais famintas e alterar os níveis de açúcar no sangue, mas não há provas convincentes de que isso realmente aconteça.
Outros especialistas acreditam que os adoçantes podem alterar o nosso sabor alimentar, pois haveria a tendência de que alimentos naturalmente doces, como as frutas, sejam relegados pelas pessoas. Por outro lado, há pessoas que não podem nem devem consumir adoçantes artificiais, como crianças menores de três anos.
Pessoas nascidas com um problema genético raro chamado fenilcetonúria (defeito congênito que leva ao acúmulo do aminoácido Fenilalanina no sangue) devem evitar o aspartame, pois a substância pode ser prejudicial. Para o restante da população, o excesso de adoçantes pode causar flatulência e diarreia.
FONTE(S): BBC Saúde (https://www.bbc.com/portuguese/geral-44350446); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).
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