sexta-feira, 3 de abril de 2020

O homem faz parte da natureza....

Homo sapiens,  termo que deriva do latim "homem sábio", proposto por Linnaeus em 1758, ser humano, ser pessoa, gente ou homem, é a única espécie animal de primata bípede do gênero Homo ainda viva.

O Homo sapiens surgiu na África Oriental por volta de 300 mil anos atrás, depois se espalhou para o leste do Mediterrâneo em torno de 100 mil a 60 mil anos atrás e pode ter chegado na China há 80 mil anos e as Américas entre 15-10 mi anos, atualmente os seres humanos estão distribuídos em todo o Planeta Terra. 

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O ser humano.... infelizmente sempre sofre uma espécie de “Síndrome de Narciso”, com senso inflado de sua própria importância (e falta de empatia pelos outros seres vivos) o levou a construir mitos de si mesmo, como o de considerar-se feito à “imagem e semelhança de Deus”. É como se toda a evolução biológica que o precedeu fosse uma espécie de ensaio da natureza para atingir o ápice da perfeição: o surgimento do Homo sapiens. E com a construção das cidades, os grandes centros, a indústria, as máquinas, a tecnologia de ir a lua, com todo esse "progresso" homem se afastou e se afasta a cada dia que passa da natureza que o criou.  

Um levantamento da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, revela que morar perto de bosques, parques, jardins, ter contato com a natureza está associado a uma maior longevidade e a um menor risco de enfrentar doenças renais e respiratórias e padecer com a depressão.

Para chegar a tal conclusão, Peter James e seu time de pesquisadores analisaram o prontuário médico de 108 630 americanas entre os anos 2000 e 2008. Em seguida, compararam o índice de mortalidade entre elas com o nível de vegetação ao redor de suas casas, em um raio de 250 m². Descobriram, assim, que as mulheres que moravam perto de áreas verdes exibiam uma taxa de mortalidade 12% menor.

Ao investigar a causa mortis, constataram que as habitantes de locais mais próximos da natureza tinham 41% menos chances de morrer por problemas nos rins, 34% por males respiratórios e 13% por alguns tipos de câncer – convém mencionar que a exposição às plantas não afetou, para o bem ou para o mal, o número de óbitos por doenças cardiovasculares e AVC.
James conta que ainda estão apurando as razões dessa proteção natural, mas já arrisca uma hipótese: “A natureza estimula a prática de atividade física, reduz a exposição a poluentes, aumenta o engajamento social e melhora a saúde mental”.
O convívio com a natureza traz benefícios mesmo quando ela não é de verdade. Em um experimento da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, os especialistas convidaram pacientes internados a um passeio virtual. Eles tinham apenas de botar óculos 3D e curtir, no ambiente digital, uma viagem de bicicleta pela costa da ilha britânica. Com a tecnologia, ouviam o mar, o vento e os pássaros sem sair da cama do hospital.
“Enquanto uns relataram uma incrível sensação de bem-estar, outros disseram que passaram a dormir mais e melhor”, conta o engenheiro eletrônico Robert Stone, líder do estudo. “É evidente que a natureza virtual não substitui a real, mas expor pacientes com dificuldade de locomoção ou portadores de estresse pós-traumático a cenas com esse conteúdo, em vez de imagens estáticas ou em vídeo, pode acelerar a recuperação deles”, acredita Stone.
“Não basta criar uma sociedade mais saudável e feliz, é preciso ajudar na preservação do meio ambiente. Por isso prescrevo vitamina N para os meus pacientes. A gente só cuida daquilo que ama e quero que eles sejam os ambientalistas do futuro”, explica.
O compromisso da utilização responsável dos meios naturais, passa a ser a considerada a única solução para a salvação da todas as espécies, inclusive a nossa. O respeito ao meio ambiente é um dever de todos, cabendo a nossos governantes fiscalizar as indústrias poluidoras, incentivar a reciclagem do lixo, impedindo que este seja lançado na natureza e, cuidando para que o esgoto não fique a céu aberto ou indo parar em riachos e rios, comprometendo a saúde dos homens e outros seres vivos. Vale a pena lembrar que necessitamos dos mesmos recursos para sobreviver que os demais organismos vivos aqui em nosso planeta. 

O Brasil é o único país no mundo a possuir em abundância as `Sete Matrizes Ambientais`, os insumos vitais para a sobrevivência e desenvolvimento das sociedades: a água, o minério, a energia, a biodiversidade, a madeira. Devemos estimular a reciclagem e o controle de emissão de poluentes, por isto é essencial que as questões ambientais sejam incorporadas de maneira conscientizadora em todas as atividades desenvolvidas em nome do "progresso".

Finalizo com vídeo do biólogo Paulo Miranda Nascimento (https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/14818/paulo-miranda-nascimento/) sobre mudanças climáticas e preservação ambiental, o material foi publicado em outubro de 2018, porém as informações e a discussão se enquadram nos dias atuais. 

 


Referências bibliográficas:
Bamshad M, Wooding SP (2003) Signatures of natural selection in the human genome. Nature Rev. Genet. 4, 99-111
Futuyma, D. J. - Biologia Evolutiva.
Wrangham, R. W., J. H. Jones, G. Laden, D. Pilbeam and N. L. Conklin-Brittain. 1999. The raw and the stolen: Cooking and the Ecology of Human Origins. Current Anthropology 40:567-594.
Rosenberg, N. A. et al. 2002. Genetic structure of human populations Science 298: 2381-2385.
FONTES, textos modificados de: https://ecoviagem.com.br/fique-por-dentro/artigos/meio-ambiente/a-evolucao-do-relacionamento-entre-os-homens-e-os-animais-1253.asp; https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/a-importancia-do-contato-com-a-natureza-para-a-saude/; Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

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