quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Sobre as Vitaminias

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A palavra vitamina foi criada pelo bioquímico polônes Casimir Funk, baseado na palavra latina vita (vida) e no nome do composto químico amina.

Vitaminas são compostos orgânicos e nutrientes essenciais de que o organismo necessita em pequenas quantidades. É denominado vitamina quando o organismo não consegue sintetizar esse composto em quantidades suficientes, pelo que tem que ser obtido através da dieta. Assim, o termo "vitamina" dependem das circunstâncias de cada organismo específico. Por exemplo; o ácido ascórbico, uma forma de vitamina C, é uma vitamina para os seres humanos, mas não para a maior parte dos animais. 

Por convenção, o termo "vitamina" não inclui nem outros nutrientes essenciais, como os sais minerais, ácidos gordos essenciais ou aminoácidos essenciais (que são necessários em maior quantidade do que as vitaminas), nem o grande número de outros nutrientes que promovem a saúde, mas são necessários em menor frequência para manter a saúde do organismo.

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Atualmente são reconhecidas treze vitaminas. As vitaminas são classificadas de acordo com a sua atividade biológica e química, e não pela sua estrutura. Assim, cada vitamina refere-se a uma série de compostos vitâmeros que mostram a atividade biológica associada a uma determinada vitamina. Cada conjunto destes compostos químicos é agrupado num título de descritor genérico ao qual é atribuída uma letra. Por exemplo, a vitamina A inclui os compostos retinal, retinol e quatro carotenoides conhecidos. Estes vitâmeros são convertidos para a forma ativa da vitamina no corpo e, por vezes, são conversíveis entre si.

Existem duas categorias de vitaminas: as hidrossolúveis e as lipossolúveis. As hidrossolúveis são as vitaminas solúveis em água (todas as vitaminas B e a vitamina C) e são absorvidas diretamente pela corrente sanguínea. As lipossolúveis são solúveis em gordura (vitaminas A, D, E e K) e tem mais dificuldade para entrar na corrente sanguínea.

Seguem alguns dados:


Resultado de imagem para vitaminas naturaisMais de dois bilhões de pessoas no mundo tem deficiência de um ou dois tipos de vitamina.
Em comparação com as verduras cruas, as cozidas tem 70% menos vitamina C e 40% menos vitaminas do tipo B.
O alimento que possui a maior quantidade de vitaminas é o fígado (de ganso, galinha, boi, de qualquer tipo).
Os alimentos mais ricos em vitamina A são: agrião, pepino, cenoura (possui caroteno, substância que é transformada em vitamina A), abóbora (também rica em caroteno), almeirão, quiabo, batata-doce, tomate, manga, melão, queijos e fígado.
Os que possuem altas taxas de vitaminas do complexo B (B1, B2, B6…) são: carne de boi, batata, quiabo, beterraba, inhame, mandioquinha, espinafre, ovo e, para variar, fígado.
Os ricos em vitamina C são: laranja, limão, quiabo, pepino, palmito, maçã, batata, repolho, tomate, acerola (o campeão de vitamina C), couve, morango, kiwi e fígado, entre outros.
Os campeões em vitamina D: peixes de água salgada e fígado.
Os mais generosos em vitamina E: cereais em grãos, nozes, amêndoas, gérmen de trigo, margarina e leite.




Resultado de imagem para vitaminasOs mais ricos em vitamina K são: batata, mandioca, milho, ameixa, uva e mamão.
Alimentos com maior quantidade de ácido fólico: amendoim, chicória, melão, nozes, castanha, ervilha, cogumelos e fígado.
Os campeões de biotina são: iogurte, nozes, laranja, gérmen de trigo e fígado.
Para pessoas que fazem trabalhos braçais extenuantes e praticam exercícios físicos com frequência, os médicos recomendam doses 10 vezes maiores de vitamina C e do complexo B.




Você sabia que fumantes tem necessidade maior de vitamina C? Isso acontece por que a maior parte da vitamina C ingerida pelo tabagista é eliminada pela nicotina do cigarro.Quanto ao alcoólatras, ele tem maior dificuldade de ingerir as vitaminas do complexo B. É por isso que os médicos sempre recomendam altas doses desse tipo de vitamina para essas pessoas.
Resultado de imagem para Linus Pauling


O cientista Linus Pauling (1901-1994) sempre recomendou doses maciças de vitamina C. Segundo ele, a vitamina do tipo C evita uma vasta gama de doenças e rejuvenesce. Os cientista ainda tem dúvidas a respeito das propriedades milagrosas desse tipo de vitamina. O fato é que Pauling viveu 93 anos, a maior parte deles com muita saúde. 




Os cientistas descobriram que vitamina C em excesso aumenta o risco de cálculos renais. Mas nada comparável com o de vitamina E, que pode provocar hemorragias. Outras vitaminas que prejudicam o organismo se ingeridas em excesso são a B9, B6 e A.
Resultado de imagem para suplementos vitamínicos
A venda de suplementos vitamínicos rende U$ 76 bilhões por ano, mais do que a indústria da perfumaria. E olha que esse mercado aumenta cerca de 6% ao ano. No Brasil, esse crescimento é de 20% anuais.



Uma recomendação: não adianta ingerir doses maciças de vitaminas, pois o excesso costuma ser eliminado pelo organismo. As vitaminas essenciais são encontradas numa alimentação variada e saudável.

A melhor forma de fazer uma refeição variada e saudável é diminuindo as gorduras e dando prioridade para os carboidratos e vitaminas. Quanto mais colorido for o prato, melhor.

FONTE(S): https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina; https://www.sabedoriaecia.com.br/saude/dados-informacoes-e-curiosidades-muito-interessantes-sobre-as-vitaminas/; https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/544698/13-curiosidades-sobre-vitaminas; Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Mudanças Climáticas

Texto modificado de: Matt McGrath
Repórter de meio ambiente da BBC

Resultado de imagem para aquecimento globalUm estudo global elaborado por cerca de 11 mil cientistas confirmou as pesquisas que apontam que o mundo está diante de uma emergência climática.

A proposta do estudo é que políticos imponham altos impostos sobre a emissão de carbono, de forma a desestimular o consumo de combustíveis fósseis (como petróleo), além de eliminar os subsídios existentes para esse tipo de combustível.


Os pesquisadores defendem substituir o petróleo e o gás por energias renováveis e implementar medidas amplas de práticas de conservação, além de "deixar os estoques remanescentes de combustíveis fósseis no solo" — ou seja, deixar de explorá-los.

O estudo pede mais esforços para a preservação e a restauração de ecossistemas da Terra — por exemplo, fitoplâncton, recifes de corais, florestas, savanas, mangues e pântanos contribuem "significativamente" para a absorção de CO2. "Plantas terrestes e marinhas, animais e micro-organismos têm papéis importantes no armazenamento do carbono", diz o texto.

Resultado de imagem para aquecimento global"Devemos rapidamente impedir a perda de habitat e de biodiversidade, protegendo as florestas ainda intactas, sobretudo aquelas com alta taxa de absorção de carbono, (...) e ao mesmo tempo aumentar o reflorestamento em grande escala. Embora a terra disponível esteja se limitando em alguns lugares (por causa das mudanças climáticas), um terço da redução de emissões necessária até 2030 para o (cumprimento do) Acordo de Paris pode ser obtido com essas soluções naturais."
O estudo argumenta que uma alimentação mais à base de frutas, vegetais, grãos e oleaginosas e menos voltada para a proteína animal, particularmente gado ruminante, "pode melhorar a saúde humana e reduzir significativamente as emissões de gases do efeito estufa", diz o texto, agregando que práticas mais eficientes de cultivo e colheita e redução da "enorme quantidade de desperdício de comida" também são vitais.

Resultado de imagem para economia livre de carbonoEconomia: Para os cientistas, a extração extensiva de matérias-primas e a exploração em excesso dos ecossistemas, na busca pelo crescimento econômico, devem ser "rapidamente contidas para a manutenção de longo prazo da nossa biosfera".

"Precisamos de uma economia livre de carbono e políticas públicas que guiem decisões econômicas nesse sentido", argumenta o estudo. "Nossa meta deve mudar de crescimento do PIB para a sustentabilidade de ecossistemas e a melhora do bem-estar humano, priorizando necessidades básicas e reduzindo a desigualdade."
A população humana na Terra aumenta em mais de 200 mil pessoas por dia e defende que isso seja estabilizado (e depois reduzido) "com parâmetros que garantam a integridade social".

Resultado de imagem para superpopulação"Há práticas comprovadas e eficientes que fortalecem os direitos humanos ao mesmo tempo em que reduzem taxas de fertilidade e reduzem os impactos do crescimento populacional nas emissões de gases-estufa e na perda de biodiversidade", prossegue o texto. "Essas políticas tornam o planejamento familiar disponível a todas as pessoas, removem barreiras a seu acesso e alcançam a plena igualdade de gênero, incluindo a educação primária e secundária como norma geral, sobretudo para meninas e jovens mulheres."
'Obrigação moral'

Os cientistas que endossam o estudo afirmam ter "uma obrigação moral de claramente advertir a humanidade sobre ameaças catastróficas e falar as coisas da forma como elas são".

Resultado de imagem para planeta quente
Divulgado no mesmo dia, 6 de novembro, em que dados de satélite apontam que o mês de outubro foi o mais quente já registrado, o estudo afirma que apenas medir as temperaturas da superfície terrestre é um modo inadequado em evidenciar os perigos reais de um mundo em processo de aquecimento.


Por isso, os autores listaram diversos dados que mostram, nos últimos 40 anos, o crescimento das populações humana e animal, a produção per capita de carne (que é altamente poluente) e o consumo de combustíveis fósseis. Houve, ao mesmo tempo, avanços em outras áreas. Por exemplo, a energia renovável cresceu significativamente, embora ainda tenha fatia muito menor que o uso de combustíveis fósseis. 
Mas, somando tudo, os pesquisadores dizem que estamos indo na direção errada e intensificando a emergência climática.

"Uma emergência significa que se não agirmos ou respondermos aos impactos das mudanças climáticas e reduzirmos as emissões de carbono, a produção de gado, o desmatamento e o consumo de combustíveis fósseis, os impactos provavelmente serão mais severos dos que os que já vivemos atá agora", prossegue Newsome.
"Isso pode fazer com áreas da Terra se tornem inabitáveis para humanos."
Os cientistas signatários se dizem, também, frustrados pelo fato de que múltiplas conferências e assembleias climáticas tenham tido poucos efeitos práticos. Mas destacam que "fomos encorajados por uma recente onda global de preocupação com o clima — governos adotando novas políticas, crianças realizando greves, processos judiciais avançando, e movimentos cidadãos demandando mudanças".


FONTE(S):  BBC Ciência (https://www.bbc.com/portuguese/geral-50321928); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Edição do código genético humano

Texto modificado de: James Gallagher
Repórter de saúde e ciência


Uma nova forma de editar o código genético humano pode corrigir até 89% de erros no DNA que causam doenças, dizem cientistas americanos.

Resultado de imagem para edição de dnaA tecnologia, conhecida como "prime editing" ("edição de qualidade", em tradução livre), foi descrita como uma espécie de "editor de texto genético" capaz de reescrever o DNA com precisão.
O método foi desenvolvido pela equipe do Instituto Broad, ligado à universidade de Harvard e ao MIT (Massachusetts Institute of Technology) nos Estados Unidos. A equipe de cientistas afirma que a tecnologia é "muito versátil e precisa", mas destaca que a pesquisa está apenas começando. O DNA é o "manual de instruções" para a construção e o desenvolvimento de cada corpo humano. Ele está presente em quase todas as nossas células.

A capacidade de alterar o DNA através da edição de genes promete revolucionar a medicina — mas traz também novos questionamentos morais e éticos, como a polêmica criação de bebês geneticamente modificados para terem proteção contra o HIV.

Prime editing
Resultado de imagem para edição de dnaUma pesquisa publicada nesta semana na revista científica Nature mostra como os cientistas usaram o método para inserir ou deletar seções de DNA. O "prime editing" também é capaz de corrigir seções menores, como uma única "letra" das três bilhões que formam o código genético humano.


"Você pode imaginar os 'prime editors' como processadores de palavras, capazes de procurar por um alvo entre as sequências de DNA e substituí-lo com precisão", afirma o bioquímico David Liu, um dos pesquisadores. 
O método pode ser ilustrado comparando-o com a edição de texto no computador: é algo como pressionar Ctrl-F para encontrar uma parte do texto que você quer mudar e depois pressionar Crtl-V para colar o texto novo que você quer inserir.
A tecnologia usa uma sequência de código genético feita em laboratório. Essa sequência tem duas funções: uma, é encontrar a parte do DNA que você quer editar, e a outra, é introduzir as mudanças que você quer fazer.

O DNA tem quatro componentes básicos, as bases nitrogenadas: adenina, citosina, guanina e tiamina. Elas são conhecidas por suas letras A, C, G e T. Três bilhões dessas letras formam o nosso DNA, ou seja, o "manual completo" para desenvolvimento e funcionamento do corpo. Mas erros minúsculos causam doenças e transtornos.

A forma mais comum de anemia falciforme (doença hereditária causada pela alteração anatômica dos glóbulos vermelhos), por exemplo, é causada por uma mutação que torna um A específico em um T. A doença de Tay-Sachs, que afeta os nervos e é fatal, com frequência é causada por uma mutação que adiciona quatro letras extras de código no DNA.

O "prime editing" foi usado com sucesso para corrigir esses dois erros genéticos em experimentos feitos em células humanas no laboratório.

"O 'prime editing' é o começo, em vez do fim da longa aspiração das ciências que lidam com vida molecular por serem capazes de fazer qualquer mudança no DNA em qualquer posição em uma célula viva ou um organismo, incluindo, em potencial, pacientes humanos com doenças genéticas", diz Liu.

O grande desafio agora é conseguir viabilizar que o maquinário molecular capaz de fazer essas edições possa acessar corretamente as partes certas do corpo humano de forma segura. É provável que as primeiras aplicações sejam feitas em doenças em que seja possível retirar células do corpo, editá-las, garantir que elas são seguras, e colocá-las de volta.

"Nós somos capazes de 'corrigir' mutações humanas associadas com doenças, mas a habilidade de fazer isso no tipo certo de célula e de uma forma que seja aplicável em um tratamento clínico vai demorar algum tempo", diz a bióloga molecular Hilary Sheppard, da Universidade de Auckland.
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O professor Robin Lovell-Badge, do instituto Francis Crick, em Londres, elogiou o estudo.
"Como a vasta maioria das doenças genéticas humanas são resultado de tipos de mutação que podem ser corrigidos pelo 'prime editing', o método deve ser útil em terapias para esses tipos de doenças."
"Claro que será necessário muito mais trabalho para otimizar o método e encontrar formas de entregar os componentes eficientemente antes de que eles possam ser usados para tratar pacientes. Mas com certeza tem muito potencial."
A geneticista Helen O'Neill, da University College London, diz que os resultados são impressionantes.
"A pesquisa foi feita in vitro em células humanas com exemplos de 175 edições, incluindo algumas das doenças mais difíceis de tratar."

FONTE(S):  BBC Saúde (https://www.bbc.com/portuguese/geral-50133350); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Osteoporose

Texto modificado de: Renata Turbiani
De São Paulo para a BBC News Brasil


O que é a osteoporose?
Imagem relacionadaA osteoporose é "uma doença sistêmica do esqueleto, caracterizada por uma baixa massa óssea e a deterioração do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade dos ossos e suscetibilidade à fratura".

Distúrbio esquelético extremamente comum, e que afeta populações em todo o planeta, ele não provoca sintomas. Sua implicação mais grave é justamente a fratura, e nem todas geram incômodo.

Francisco Bandeira, vice-presidente do Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), pontua que as fraturas sem sintomas também são perigosas.
"A mais comum é a vertebral, e seu maior agravamento é a cifose dorsal (encurvamento da coluna para frente). É uma condição bastante limitante, pois a pessoa fica com dor crônica e tem dificuldade para sentar, andar, dormir, andar...", adverte.

Mas o perigo dos ossos quebrados não para por aí. Estudos mostram que pacientes que tiveram algum tipo de fratura relacionada à osteoporose têm de duas a três vezes mais chance de ter uma nova, especialmente nos dois primeiros anos após a ocorrência.
No Brasil, a Abrasso considera que, das 10 milhões de pessoas com a doença, 14% têm fraturas. As mulheres são o maior grupo: pelos dados da IOF, 1 em cada 3 com mais de 50 anos sofrerá uma. No caso dos homens, essa relação é de 1 em cada 5.

"O grande desafio do tratamento é a questão da percepção do risco. A maioria dos pacientes não tem noção da gravidade, e mesmo no caso das fraturas, acreditam que se trata de um evento mecânico, que basta engessar e está resolvido, mas, infelizmente, não é assim. A fratura, sobretudo a de quadril, requer hospitalização e cirurgia para reparação, pode causar dor crônica e a morte", complementa o médico.
Resultado de imagem para como prevenir a osteoporose

Atualmente, estão disponíveis no Brasil três classes de remédios. Os mais usados são os antirreabsortivos bisfofonatos. Eles atuam inibindo a reabsorção óssea, e alguns são ofertados na rede pública.

A vitamina D, uma das responsáveis pela absorção de cálcio pelo organismo,  por sua vez, é encontrada em poucos alimentos em sua forma natural: peixes gordurosos, como arenque, salmão e sardinha, óleo de fígado de peixe, castanhas e gema de ovo.

O melhor jeito de absorvê-la é tomando sol entre 15 e 30 minutos todos os dias - é preciso expor as pernas e os braços. Vale destacar que até a fase adulta, essa vitamina é sintetizada na pele pela ação dos raios ultravioletas, porém, com o envelhecimento, o corpo perde essa capacidade.

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FONTE(S):  BBC Saúde (https://www.bbc.com/portuguese/geral-49684343); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Curiosidades sobre o sistema Esquelético Humano

O sistema esquelético é o responsável por promover a movimentação, produzir células sanguíneas, proteger órgãos e funcionar como reserva de minerais.

O esqueleto humano adulto é constituído por cerca de 206 ossos. O esqueleto sustenta o corpo, protege órgãos diversos e está associado a muitos dos movimentos que executamos. O ser humano e os outros animais vertebrados se locomovem das mais diversas formas e para os mais diversos fins.

O esqueleto ósseo, além de sustentação corporal, apresenta três importantes funções:
Resultado de imagem para sistema esquelético humano definiçãoReservas de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Quando o nível de cálcio diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir a deficiência. 
Determinados ossos ainda possuem medula amarela (ou tutano). Essa medula é constituída principalmente por células adiposas, que acumulam gorduras como material de reserva.
No interior de alguns ossos (como o crânio, coluna, bacia, esterno, costelas e as cabeças dos ossos do braço e coxa), há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.

Os ossos começam a se formar a partir do segundo mês da vida intra-uterina. Ao nascer, a criança já apresenta um esqueleto bastante ossificado, mas as extremidades de diversos ossos ainda mantêm regiões cartilaginosas que permitem o crescimento. Entre os 18 e 20 anos, essas regiões cartilaginosas se ossificam e o crescimento cessa. Nos adultos, há cartilagens em locais onde a flexibilidade é importante (na ponta do nariz, orelha, laringe, parede da traqueia e extremidades dos ossos que se articulam).

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Confira agora algumas curiosidades sobre o esqueleto:
Ao contrário do que muitos pensam, os ossos são formados por tecidos vivos. O tecido que forma os ossos é um tipo especial de tecido conjuntivo, denominado de tecido ósseo. Esse tecido possui células chamadas de osteócitos, osteoblastos e osteoclastos, além de um material extracelular calcificado.

O esqueleto humano e os dentes possuem 99% do cálcio presente no organismo.

A falta de cálcio na infância causa um problema conhecido como raquitismo. Verifica-se, em casos de raquitismo, que os ossos não crescem de maneira normal, e as extremidades dos ossos longos deformam-se.
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O esqueleto do adulto possui 206 ossos, porém, uma criança após o seu nascimento possui, em média, 270 ossos. Isso acontece porque, depois de algum tempo, muitos ossos fundem-se, formando apenas um.

O maior osso do esqueleto humano é o fêmur. Em pessoas de 1,80 m, o fêmur apresenta aproximadamente 50 cm.

O menor osso do corpo humano é o estribo, localizado na orelha média. Possui cerca de 2,6 a 3,4 mm de comprimento e pesa cerca de 2 a 4,3 mg.

O osso mais forte e mais longo da face é a mandíbula. Além disso, é o único osso móvel do crânio.

Em um adulto, observa-se no esterno, nas vértebras, nas costelas e na pelve a presença da medula óssea vermelha, a qual se relaciona com a produção de células do sangue.

Mais curiosidades no vídeo abaixo:

ANATOMIA RARA: OSSOS [COMPLETO DUBLADO] DOCUMENTÁRIO NATIONAL GEOGRAPHIC




FONTE(S): Texto modificado de: Só biologia (https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemaesqueletico.php); Texto modificado de: Escola kids (https://escolakids.uol.com.br/ciencias/10-curiosidades-sobre-esqueleto.htm); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).


terça-feira, 3 de setembro de 2019

Adolescente fica cego por causa uma má dieta alimentar

Texto modificado de: Michelle Roberts
Da BBC News online

Um jovem britânico de 17 anos que adotava uma alimentação "extremamente seletiva" sofreu uma perda irreparável da visão provocada pela desnutrição aguda.

"A dieta dele era basicamente uma porção diária de batata frita de uma lanchonete de Fish and Chips (peixe frito com batata frita, prato típico do Reino Unido). Ele também costumava lanchar batatas (ultraprocessadas) - Pringles -, às vezes pedaços de pão branco e, de vez em quando, fatias de presunto. Nada de frutas, legumes ou verduras", conta a médica Denize Atan, que cuidou do jovem no hospital.

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"Ele explicava (esse comportamento) como uma aversão a certas texturas de comida que ele não conseguia tolerar, e, portanto, as batatas fritas e chips eram realmente os únicos tipos de alimento de que ele tinha vontade e achava que podia comer."


Atan e seus colegas verificaram novamente os níveis de vitaminas do adolescente e descobriram que estava com déficit de vitamina B12, além de algumas outras vitaminas e minerais importantes - como cobre, selênio e vitamina D.

Ele não estava acima ou abaixo do peso, mas estava gravemente desnutrido. "Havia perdido minerais dos ossos, o que era bastante chocante para um garoto da idade dele".

Em relação à perda de visão, o adolescente preenchia os critérios para ser considerado cego.
"Ele tinha pontos cegos bem no meio da visão", afirmou Atan. "Isso significa que ele não pode dirigir e tem muita dificuldade para ler, ver televisão e distinguir rostos."


O jovem foi diagnosticado com neuropatia óptica nutricional, condição que pode ser provocada pela falta de vitamina B12.

É tratável se diagnosticada precocemente, mas se o diagnóstico demorar muito, as fibras nervosas do nervo óptico morrem e o dano se torna permanente. Casos como o do jovem britânico são raros, mas afirma que os pais devem estar cientes dos riscos de uma alimentação seletiva e procurar ajuda especializada.

Para aqueles que estão preocupados, ela dá um conselho:

"O melhor é não ficar ansioso com a alimentação seletiva (das crianças) e, em vez disso, introduzir calmamente um ou dois alimentos novos a cada refeição".
Ela lembra que comprimidos multivitamínicos podem complementar uma dieta, mas não substituem uma alimentação saudável.
"É muito melhor consumir vitaminas por meio de uma dieta variada e equilibrada", diz ela, acrescentando que doses altas de certas vitaminas, como vitamina A, podem ser tóxicas.
FONTE(S):  BBC Saúde (https://www.bbc.com/portuguese/geral-49562272); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

terça-feira, 6 de agosto de 2019

2019 esquentou....

Resultado de imagem para aquecimento globalTexto modificado de: UOL Ciência e Saúde 


Com recordes de temperatura na Europa e no Polo Norte, o ano de 2019 se encaminha para ser um dos mais quentes da história moderna, um sinal do aquecimento climático provocado pelas atividades humanas. Julho deste ano foi o mês mais quente no mundo desde que se começou a medir as temperaturas, um pouco acima do registrado no mesmo mês em 2016, segundo dados do serviço europeu Copernicus sobre a mudança climática. Segundo o Copernicus, julho de 2019 foi 0,04ºC mais quente que julho de 2016, ano do recorde anterior, marcado pela influência do fenômeno climático El Niño
" Julho é geralmente o mês mais quente do ano no mundo, mas segundo nossos dados [o deste ano] foi o mais quente desde que se começou a fazer as medições", declarou em um comunicado o chefe do serviço, Jean-Noël Thépaut. "Com a continuidade das emissões de gás de efeito estufa e o impacto no aumento mundial das temperaturas, continuaremos batendo recordes". 

A temperatura registrada em julho representa quase 1,2°C acima do nível pré-industrial, base de referência dos especialistas da ONU sobre o clima. O serviço meteorológico (NOAA) dos Estados Unidos ainda não publicou suas conclusões sobre julho deste ano. 

Resultado de imagem para calor europaA Europa sofreu duas ondas de calor em menos de um mês, uma primeira excepcionalmente precoce no fim de junho e uma segunda muito intensa em julho, onde vários países como Alemanha, Bélgica, Holanda e França bateram recordes. Em 28 de junho a França bateu seu recorde de temperatura, com 46ºC registrados em Verargues, no sul. O anterior era de 44,1°C em 2003. Na segunda onda de calor, no fim de julho, foi Paris que bateu seu recorde histórico, com uma temperatura de 42,6°C, contra 40,4°C em 1947.

No pior momento desta canícula, em 25 de julho, vários países europeus registraram recordes de calor: Alemanha (42,6°C), Bélgica (41,8°C), Luxemburgo (40,8°C), Holanda (40,7°C) e Reino Unido (38,7°C). As ondas de calor frequentes são um sintoma inequívoco do aquecimento do planeta, mesmo que os cientistas hesitem em atribuir à mudança climática qualquer acontecimento meteorológico extremo específico. - Polo Norte -Segundo o Copernicus, as temperaturas estiveram acima do normal no Alasca, Groenlândia e partes da Sibéria, assim como na Ásia central e em algumas regiões da Antártica

Resultado de imagem para aquecimento globalEm meados de julho, o termômetro atingiu 21°C em Alert, o lugar habitado mais setentrional do mundo, a menos de 900 km do Polo Norte, estabelecendo um "recorde absoluto" de calor para esta base militar canadense. Os últimos quatro anos foram os mais quentes da história moderna no mundo, segundo a ONU. Com +1,2°C, o ano 2016, marcado pelo El Niño, ocupa por enquanto o primeiro lugar, na frente de 2015 e 2017. 

E 2019 está no caminho para se somar ao seleto grupo dos cinco anos mais quentes, segundo a organização meteorológica mundial.




FONTE(S):  UOL Ciência e Saúde (https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2019/08/05/ano-de-2019-acumula-recordes-de-temperatura-no-mundo.htm); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Pernilongos e Cerveja

Texto modificado de: Evanildo da Silveira
De São Paulo para a BBC News Brasil

Resultado de imagem para cervejaO professor titular do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Carlos Brisola Marcondes, cita dois estudos, um realizado no Japão e outro em Burquina Faso, que verificaram que a ingestão de cerveja atrai mais mosquitos para o bebedor. A bebida aumenta o número de picadas dos insetos hematófagos transmissores de doenças em quem a consome, e, consequentemente o risco da doença.

O Brasil é um dos países que mais bebem cerveja no mundo, com um consumo de cerca de 70 litros por ano por pessoa. O que é certo é que no verão se toma mais, porque para muita gente a estação mais quente do ano "pede" uma gelada. 
Resultado de imagem para pernilongosNa pesquisa japonesa, foi testada uma dose de 350 ml de cerveja feita de cevada, para a atração do Aedes albopictus, parente próximo do Aedes aegypti. Em Burquina Faso, os pesquisadores deram aos participantes uma quantidade não informada de uma feita com sorgo (4% de álcool), localmente chamada de dolo, para verificar o resultado sobre a espécie Anopheles gambiae, transmissor da malária.
"Em ambos os estudos, se notou um aumento significativo na atração dos insetos", conta Marcondes. "Além disso, no segundo trabalho, verificou-se também o estímulo ao voo dos mosquitos. Este efeito foi atribuído à dispersão do álcool pelo organismo com presença de etanol no suor."
De acordo com ele, no estudo feito no Japão houve variações na temperatura corporal do bebedor, dependentes da sua tolerância ao álcool. Em Burquina Faso, no entanto, se observou que a redução de temperatura corporal e a quantidade de gás carbônico (CO2) exalado (esta última não influenciada pela cerveja) não tiveram efeito significativo sobre a atração", informa Marcondes.

"Os autores supuseram que com a cerveja haveria maior produção de cairomônios (as substâncias voláteis emanadas dos bebedores), que atrairia mais mosquitos."

Esses cairomônios e o álcool não são as únicas substâncias que aumentam o número de picadas. "Há várias que atraem mosquitos, sendo as mais conhecidas o gás carbônico e o ácido láctico (liberado no suor), e certamente há outras que ocorrem naturalmente no corpo que os repelem.", diz Marcondes. Por motivos ainda ignorados, alguns estudos demonstram que há espécies que têm preferência em picar indivíduos com tipo O de sangue, em detrimento daqueles com outros tipos (A, B e AB).

Enquanto novas pesquisas não são realizadas, algumas medidas simples ajudam a se proteger das picadas dos insetos.

"Evitar frequentar lugares onde os mosquitos circulam, como regiões próximas a cursos d'água ou jardins ou outras áreas infestadas pelos insetos é uma delas". 
"Não usar roupas escuras quando for necessário ir até esses locais; utilizar repelentes, que devem ser aplicados sobre as roupas e não diretamente sobre a pele; manter a casa com telas, quando viver em áreas infestadas; e quando tiver ingerido bebidas alcoólicas ou no caso das gestantes redobrar os cuidados com os mosquitos são outras medidas que devem ser tomadas."

FONTE(S):  BBC Saúde (https://www.bbc.com/portuguese/geral-47049253); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).