segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Algumas informações sobre o coronavírus

Texto modificado de: James Gallagher
Da BBC

Resultado de imagem para coronavirusPara os médicos, lutar contra o novo coronavírus tem sido uma batalha contra o desconhecido. Só agora as respostas começam a surgir, a partir de relatos de médicos que estão lidando diretamente com a epidemia no hospital Jinyintan, em Wuhan — cidade chinesa que é o epicentro da epidemia.
Uma análise detalhada dos casos dos primeiros 99 pacientes a serem tratados lá foi publicada no periódico de medicina Lancet.

Todos os 99 pacientes levados ao hospital tiveram pneumonia — seus pulmões estavam inflamados e os minúsculos sacos onde o oxgiênio se transfere do ar para o sangue estavam se enchendo de água.

Outros sintomas eram:
Resultado de imagem para coronavirus brasil82 tinham febre
81 tinham tosse
31 sentiam falta de ar
11 tinham dores musculares
9 se sentiam confusos
8 sentiam dor de cabeça
5 tinham dor de garganta
Pelo menos 10% morrem
Até 25 de janeiro, dos 99 pacientes:
57 ainda estavam no hospital
31 haviam recebido alta
11 haviam morrido

Isso não significa que a taxa de mortandade da doença é 11%, porque alguns dos que estão no hospital ainda podem morrer, e muitos outros a adquirir a doença têm sintomas leves e não vão para o hospital.

O médico Li Zhang, que trabalha no hospital onde os pacientes estão sendo atendidos, diz que "a menor suscetibilidade de mulheres a infecções virais pode ser atribuída à proteção do cromossomo X e a hormônios sexuais, que desempenham um papel importante na imunidade".

A maioria dos 99 tinha outras doenças que podem tê-los deixado mais vulneráveis ao vírus como "resultado de funções imunológicas mais fracas desses pacientes".
40 tinham um coração fraco ou o sistema circulatório danificado por problemas cardíacos ou derrames
12 pacientes tinham diabetes

Texto modificado de: Amanda Rossi
Revista Piauí
Um vírus que se espalha rápido, pode ser transmitido sem que o doente apresente os sintomas e atingiu 25 países em apenas um mês. Com características assim, o coronavírus superou os nove mil casos, virou epidemia na China e obrigou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar emergência global de saúde. A pedido da piauí, o epidemiologista Marc Lipsitch, diretor do Center for Communicable Disease Dynamics (CCDD), da Universidade de Harvard, analisou números que ajudam a entender o novo vírus. Segundo Lipsitch, uma pessoa infectada transmite o coronavírus para outras duas ou três pessoas, numa média estimada. No vocabulário científico, é o chamado número reprodutivo, recém-calculado entre 2,2 e 3,3, a depender da metodologia utilizada. Isso significa que é um vírus muito contagioso. 

Quatro vezes mais contagioso, porém, é o sarampo. Uma pessoa com sarampo pode transmitir a doença para outras treze pessoas, o que torna a vacina tão importante. “O sarampo é a doença infecciosa mais contagiosa que nós conhecemos – pelo menos, entre as doenças mais sérias. É claro que há muito mais chance de um brasileiro pegar sarampo nos próximos meses do que de pegar o coronavírus. Mas tanto o sarampo como o coronavírus representam problemas sérios [de saúde pública]. 

O coronavírus “pode estar prestes a se tornar uma epidemia global”, ou seja, uma pandemia, declararam os cientistas Gabriel Leung e Joseph Wu, da Universidade de Medicina de Hong Kong, em apresentação feita em 27 de janeiro. Lipsitch, que já colaborou com Leung em outros estudos epidemiológicos, não esconde a preocupação: “O cenário mais otimista é que, na China, a epidemia comece a ficar sobre controle e, nos outros países, a triagem [de passageiros vindos da China] seja efetiva o suficiente para limitar o número de transmissões internas. Como o que aconteceu com a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), mas muito maior. É o melhor que podemos esperar, embora ainda seja algo terrível. Um cenário mais preocupante, mas plausível, é que a epidemia decole em outros países.” 

“A disseminação do vírus de pessoa para pessoa já está presente em todas as maiores cidades chinesas”, acreditam os cientistas. Mas, segundo Lipsitch, da Universidade de Harvard, ainda é difícil de dizer se o contágio será, em outros lugares, tão rápido e silencioso quanto tem sido na região de Wuhan. “As estimativas sobre a transmissão do novo coronavírus mudam enquanto nós estamos conversando. Não é possível dizer mais do que isso, porque o trabalho ainda está em movimento”, pondera. Se há algo otimista na nova epidemia de coronavírus, é a rápida movimentação de cientistas em diversas partes do mundo, colaborando entre si. “A ciência está se movendo muito rapidamente. Uma melhor compreensão dos dados está em fluxo”, afirma Lipsitch.

FONTE(S):  BBC Saúde (https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51314179); Revista Piauí (https://piaui.folha.uol.com.br/contagio-rapido-e-silencioso-matematica-do-coronavirus/); Imagens --> Internet (www.google.com.br/imghp?hl=en).

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